Mortos em Gaza chegam a quase 2% da população, segundo ministério

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A invasão israelense já deixou mais de 40 mil mortos, segundo números divulgados hoje pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. O número corresponde a aproximadamente 1,9% da população do território estimada em 2,1 milhões de pessoas antes do início do conflito, segundo o The World Factbook da CIA.

Israel tem afirmado que considera os números superestimados. Em maio, um porta-voz da OMS afirmou que o ministério de Gaza "tem demonstrado excelente capacidade de coleta e análise de dados e seus relatórios anteriores foram considerados confiáveis".

Corrida pelo cessar-fogo

Em meio a temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio, representantes de Israel, EUA, Egito e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, têm uma reunião marcada hoje em Doha, no Catar, para discutir uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza. O Hamas anunciou que não participaria diretamente, mas suas posições devem ser apresentadas pelo Egito e pelo Catar.

Além de evitar uma crise humanitária ainda maior na Faixa de Gaza, o acordo é visto como fundamental para apaziguar o Irã e evitar um ataque do país a Israel, o que pode levar a uma guerra envolvendo outros países da região. Na terça, Joe Biden afirmou que obter um acordo "está ficando mais difícil", mas disse que "não vai desistir".

Oposição rejeita nova eleição na Venezuela

O líder da oposição venezuelana, António Ledezma, disse ao UOL que a proposta de realização de uma nova eleição não será aceita. "A ideia de uma nova eleição está fora de lugar", afirmou Ledezma, coordenador do Conselho Político internacional de Maria Corina Machado, em entrevista a Jamil Chade.

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A proposta havia sido sugerida pelo assessor da Presidência Celso Amorim e mencionada por Lula na reunião ministerial da semana passada. Oficialmente, porém, o Brasil continua exigindo a divulgação dos boletins de urna como condição para reconhecer o resultado das eleições. Saiba mais.

Inflação cai nos EUA

A inflação para o consumidor nos Estados Unidos acumulada em 12 meses caiu para 2,9% ao ano em julho. Foi a primeira vez que o índice ficou abaixo de 3% desde 2021. O número ainda é superior aos 2% ao ano que eram a norma antes da pandemia, mas bem abaixo do pico de 9,1%, em junho de 2022.

O resultado dá mais força à tendência de que o Fed comece a reduzir os juros americanos em sua próxima reunião, em setembro. O estrategista-chefe global da JPMorgan Asset Management, David Kelly, disse ao Financial Times que considera os dados, "no geral, encorajadores" e que eles devem dar ao Fed "ainda mais confiança" de que a inflação se aproxima da meta 2%.

O anúncio foi bem recebido pelo mercado no Brasil e ajudou o Ibovespa a subir 0,69%, para os 133.316 pontos - o maior patamar desde dezembro do ano passado.

Voluntário trabalha em um tapete de flores com 1,6 mil metros quadrados que cobre o chão da Grand-Place de Bruxelas, na Bélgica
Voluntário trabalha em um tapete de flores com 1,6 mil metros quadrados que cobre o chão da Grand-Place de Bruxelas, na Bélgica Imagem: John Thys / AFP
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Varíola dos macacos: emergência global

A OMS declarou o surto de varíola dos macacos na África uma emergência de saúde global. É a segunda vez em dois anos que a doença recebe essa classificação.

O surto atual teve início na República Democrática do Congo, onde houve 15.600 casos e 537 mortes registradas, e já se espalhou por países vizinhos. Desta vez, a doença é causada principalmente pela subvariante clade 1b. Segundo o CDC, o Centro de Controle de Doenças dos EUA, as variantes clade 1 podem ser 10 vezes mais fatais do que as variantes clade 2, responsáveis pela epidemia global de 2022.

O presidente do comitê da OMS responsável pelo tema, professor Dimie Ogoina, disse que "o aumento de casos em partes da África e a disseminação de uma nova cepa do vírus da varíola é uma emergência, não apenas para a África, mas para o mundo inteiro."

França investiga X por assédio a boxeadora agelina

O departamento de crimes de ódio da polícia francesa está investigando a queixa de assédio online contra o X (ex-Twitter) registrada pela boxeadora argelina Imane Khelif, medalhista de ouro em Paris. Na reclamação, Imana argumenta que foi vítima de cyberbullying "misógino, racista e sexista".

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Ela cita postagens da escritora J.K. Rowling, do bilionário dono do X, Elon Musk, e de Donald Trump, questionando seu sexo e a sua identidade de gênero. A menção pode levar a polícia a também investigar a conduta deles.

Deu no Wall Street Journal

Sabotagem de gasoduto entre Rússia e Alemanha foi ideia de bêbado. Segundo a reportagem exclusiva, o plano de explodir o Nord Stream 2 surgiu durante uma festa em que empresários nacionalistas e militares de alta patente da Ucrânia comemoravam o sucesso do país nas fases iniciais do conflito.

A operação seria realizada quatro meses depois, por seis pessoas em um iate alugado, ao custo de US$ 300 mil. Zelensky foi avisado, aprovou o plano, recuou por pressão da CIA, mas os militares envolvidos decidiram ir em frente.

O jornal americano atribui as informações a entrevistas com autoridades ucranianas não identificadas e a relatórios da investigação conduzida pela polícia alemã. Leia mais.

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