Conteúdo publicado há 2 meses

EUA: Adolescente de 14 anos que matou 4 em ataque será julgado como adulto

O adolescente de 14 anos que matou quatro pessoas e deixou nove feridos em um ataque a tiros em uma escola da Geórgia, nos Estados Unidos, na quarta-feira (4), será julgado como adulto. A informação é de Chris Hosey, diretor do Georgia Bureau of Investigation. O julgamento desta forma é permitido na Geórgia.

O que aconteceu

O atirador, identificado como Colt Gray, está detido no Centro Regional de Detenção Juvenil de Gainesville, na Geórgia. Ele era aluno da escola onde abriu fogo, na cidade de Winder. Segundo a emissora CNN, o sistema escolar do condado de Barrow possui cerca de 15.340 alunos registrados, dos quais 1.932 estão matriculados na Apalachee High School.

O adolescente chegou a ser interrogado, mas as autoridades não divulgaram detalhes sobre suas motivações. A polícia recebeu o primeiro chamado para o tiroteio às 9h30 da manhã do horário local (10h30 do horário de Brasília).

Em 2023, o atirador foi ouvido pela polícia após fazer ameaças online de realizar um tiroteio na escola. O Centro Nacional de Operações de Ameaças do FBI descobriu que as postagens vieram da Geórgia. Na época, a polícia entrevistou o menino, ainda com 13 anos, e seu pai. Ele negou ser responsável pelas ameaças. O pai disse que tinha armas de caça em casa, mas que seu filho não tinha "acesso não supervisionado a elas".

"O condado de Jackson alertou as escolas locais para o monitoramento contínuo do assunto", disse em nota o FBI Atlanta. "Naquela época, não havia causa provável para prisão ou para tomar qualquer ação adicional de aplicação da lei nos níveis local, estadual ou federal".

Quatro pessoas morreram

Dois estudantes e dois professores morreram. Eles foram identificados como Mason Schermerhorn, 14, Christian Angulo, 14, Richard Aspenwall, 39, e Christina Irimie, 53. Nove pessoas ficaram feridas, sendo oito alunos e um professor. O estado de saúde dos feridos não foi divulgado.

Alunos foram retirados da escola. Ambulâncias e viaturas da polícia estiveram na Apalachee High School. Agentes do FBI também foram enviados pela agência para ajudar nas investigações.

"Nosso oficial de ajuda escolar o confrontou", afirmou o xerife do condado de Barrow, Jud Smith. Ele se referia aos agentes da lei que trabalham na proteção das escolas. Segundo Smith, o atirador acabou desistindo e se jogou ao chão, sendo então imobilizado e levado sob custódia.

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O xerife Smith afirmou em entrevista coletiva que a investigação está em andamento e que levará dias para obter as respostas sobre os motivos do crime.

Governador da Georgia diz que mobilizou recursos para escola. Brian P. Kemp, por meio de uma publicação no seu Instagram, informou que as forças do governo "vão continuar a trabalhar com parceiros locais, estaduais e federais à medida que coletamos informações e respondemos ainda mais a esta situação".

Biden diz "estar em luto" com mortes em escola. "Não podemos considerar isso normal", disse o presidente, "O que deveria ter sido uma alegre temporada de volta às aulas em Winder, Geórgia, agora se transformou em outro lembrete horrível de como a violência armada continua a destruir nossas comunidades. Estudantes em todo o país estão aprendendo a se abaixar e se proteger em vez de ler e escrever".

Kamala Harris também se pronunciou sobre tiroteio. "É simplesmente ultrajante que todos os dias em nosso país, nos Estados Unidos da América, os pais tenham que mandar seus filhos para a escola preocupados se seus filhos voltarão vivos ou não para casa", disse em comício.

Trump, sobre atirador: "monstro doente e perturbado". "Nossos corações estão com as vítimas e entes queridos daqueles afetados pelo trágico evento em Winder, Geórgia", postou o ex-presidente em sua plataforma Truth Social. "Essas crianças queridas foram tiradas de nós cedo demais por um monstro doente e perturbado".

Somente este ano, o país já registrou 384 massacres a tiros, que são classificados como incidentes com ao menos quatro vítimas, mortas ou feridas. Ao menos 11.557 pessoas morreram em 2024 em razão da violência armada nos EUA.

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*Com Reuters, ANSA e AFP

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