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Mergulhadores recuperam câmeras de iate de luxo que naufragou na Itália

Mergulhadores da Marinha italiana recuperaram as câmeras de segurança do iate de luxo que naufragou na costa da Sicília, no país, em agosto. O bilionário britânico Mike Lynch, a filha dele e outras cinco pessoas morreram no naufrágio.

O que aconteceu

Recuperação do equipamento pode ajudar a esclarecer porque o iate afundou durante uma tempestade. A confirmação do encontro das câmeras foi divulgada pela agência de notícias Reuters e pela mídia local italiana.

Mergulhadores especializados seguem vasculhando os destroços do naufrágio. A continuidade das apurações ocorre a pedido da promotoria. Segundo Daniele Governale, oficial da guarda costeira em Palermo, os mergulhadores estão utilizando um equipamento que possibilita fazer mergulhos repetidas vezes em até 40 minutos. A guarda costeira também retirou fotografias subaquáticas com um veículo operado remotamente para ajudar no plano para a retirada dos destroços do iate do fundo do mar.

Na quinta-feira (12), os mergulhadores recuperaram parte do convés, material de computador, câmeras de segurança, discos rígidos e vários outros equipamentos, informou uma fonte à Reuters.

Dispositivos eletrônicos recuperados vão passar por análise fora da Sicília. Eles serão levados para laboratórios especializados em que será possível verificar suas condições e recuperar possivelmente os seus dados.

Três tripulantes, incluindo o capitão, estão sob investigação de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e naufrágio. Conforme a agência, ser investigado não significa que ele é culpado e não necessariamente que as acusações formais seguirão no processo.

Os promotores do caso também informaram que a investigação demorará e também será preciso que o iate seja retirado do mar. O iate está a uma profundidade de cerca de 50 metros.

Sete pessoas morreram

Sete pessoas morreram. A primeira vítima foi identificada como Recaldo Thomas, chef de cozinha no iate. Também foram resgatados os corpos de: Mike Lynch e Hannah Lynch; Jonathan Bloomer, presidente do Morgan Stanley International, e sua esposa Judy; e de Chris Morvillo, um advogado dos Estados Unidos, e sua esposa Neda.

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Investigadores continuam revisando as ações e decisões do capitão do iate Bayesian, o neozelandês James Cutfield, 51, e do primeiro oficial francês Matthew Griffith, 22. O objetivo é determinar o papel e a responsabilidade de cada um no naufrágio.

No total, 22 pessoas estavam no iate de 56 metros de comprimento. O barco de luxo estava ancorado no porto de Porticello, perto de Palermo, quando virou durante uma forte tempestade (veja imagens do momento do naufrágio). A embarcação havia deixado o porto de Milazzo em 14 de agosto e foi rastreada pela última vez a leste de Palermo, na noite do dia 18, com status de navegação "ancorado".

Quinze pessoas sobreviveram. A embarcação está deitada de lado a uma profundidade de cerca de 50 metros.

Acidente foi comparado ao naufrágio de um gigante italiano. Luca Cari, chefe de comunicação de emergência do Bombeiros, declarou ao Corriere que o episódio é "um pequeno [Costa] Concordia". Em 2012, a embarcação tombou na região da Toscana, também na Itália, e afundou deixando 32 mortos. Na ocasião, o navio se chocou com rochas e teve o casco perfurado pelas pedras.

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