Conteúdo publicado há 2 meses

Israel lança novo ataque contra o Líbano e deixa pelo menos 6 mortos

Israel lançou uma nova onda de ataques contra o Líbano na manhã de hoje. Ao menos seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas, segundo informações do Ministério da Saúde libanês. Pelo menos 40 voos foram cancelados no principal aeroporto do país, em Beirute.

O que aconteceu

Bombardeios foram registrados no sul e leste do Líbano, segundo a agência estatal NNA. O ataque atingiu o bairro de Ghobeiry, onde acontecia um funeral de oito pessoas, incluindo cinco mulheres, mortas na sexta-feira (20) em outro bombardeio.

O Exército de Israel diz que atingiu dezenas de alvos do Hezbollah, incluindo integrantes do grupo e armas, em represália a um ataque noturno. Segundo fontes de defesa citadas pela imprensa israelense, um dos alvos foi Abu Jawad Harikhi, comandante do sistema de mísseis da organização extremista. Ainda não há informações se ele foi atingido.

Hezbollah lança foguetes contra o norte de Israel desde a meia-noite. Na madrugada, projéteis atingiram uma base aérea e um campo de aviação nas proximidades da cidade de Afula. Horas depois, o grupo atacou a cidade de Kiryat Shmona, atingindo prédios e causando incêndios. Segundo Israel, cerca de 100 projéteis foram lançados, mas a maioria foi interceptada.

Voos foram cancelados no Aeroporto Internacional Rafic Hariri, em Beirute. Pelo menos 40 voos com destino ou saída de Beirute foram cancelados na manhã de hoje. Algumas companhias, como a Qatar Airways e Lufthansa, decidiram suspender todos os seus voos para o Líbano, mas as autoridades libanesas decidiram manter a operação aérea.

Pelo menos 558 pessoas morreram e 1.835 ficaram feridas nos bombardeios de ontem, informou o governo libanês. Os ataques desta semana são os mais mortais no Líbano desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.

"A grande maioria dos mortos, senão todos, eram pessoas desarmadas que estavam em suas casas", disse o ministro libanês da Saúde, Firass Abiad. Dezenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas desde o início dos bombardeios.

Estratégia de Israel é demonstrar força militar para mudar a posição declarada do Hezbollah de que continuará atacando Israel enquanto não houver um cessar-fogo em Gaza. Outro objetivo do governo é retomar o controle do norte do país, de onde milhares de israelenses fugiram desde que o Hezbollah passou a disparar mísseis contra Israel, em 8 de outubro.

Israel continuará bombardeando posições do Hezbollah no Líbano

Destruição de um prédio residencial cujos dois últimos andares foram atingidos por um ataque israelense na área de Ghobeiri, nos subúrbios ao sul de Beirute, em 24 de setembro de 2024.
Destruição de um prédio residencial cujos dois últimos andares foram atingidos por um ataque israelense na área de Ghobeiri, nos subúrbios ao sul de Beirute, em 24 de setembro de 2024. Imagem: AFP
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que Israel continuará bombardeando posições do Hezbollah no Líbano. Netanyahu pediu aos cidadãos libaneses que "se livrem das garras do líder do grupo militante, Hassan Nasrallah".

"Qualquer pessoa que tenha um míssil em sua sala de estar e um foguete em sua garagem não terá um lar", disse Netanyahu. Declaração foi feita em uma base do Exército em um local não revelado, depois que os militares disseram ter encontrado munição nas residências de pessoas.

"Nossa guerra não é com vocês, nossa guerra é com o Hezbollah. Nasrallah está levando vocês à beira do abismo... Livrem-se das garras de Nasrallah, para o seu próprio bem", afirmou.

Com AFP e Reuters

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