Netanyahu ao Irã: 'Não há lugar no Oriente Médio que Israel não alcance'
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta segunda-feira (30), em uma mensagem direcionada ao povo iraniano, que "não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar".
O que aconteceu
Declaração em vídeo foi direcionada aos iranianos. "Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar", afirmou Netanyahu. Ele disse ainda que o "regime [iraniano] mergulha a região cada vez mais na escuridão e na guerra".
"A cada momento, o regime aproxima vocês, o nobre povo persa, do abismo", declarou o primeiro-ministro israelense. As declarações de Netanyahu foram feitas horas depois de o porta-voz iraniano ter indicado que seu país não pretende destacar combatentes no Líbano ou em Gaza para confrontar Israel.
Netanyahu também falou em um Irã "livre" e mencionou uma futura união entre Israel e Irã. "Quando o Irã finalmente for livre, e esse momento chegará muito mais rápido do que as pessoas pensam - tudo será diferente. Nossos dois antigos povos, o povo judeu e o povo persa, finalmente estarão em paz", disse.
Todos os dias, seus fantoches são eliminados. Perguntem a Mohamed Deif [chefe do braço armado do movimento palestino Hamas, que Israel garante ter matado em julho em Gaza]. Perguntem a [Hassan] Nasrallah [chefe do Hezbollah morto por Israel no Líbano no último sábado]. Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense
Exército de Israel realizou operações por terra no Líbano
Unidades de comando do Exército de Israel cruzaram a fronteira e, nos últimos dias, fizeram breves incursões por terra no sul do Líbano. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (30) pelo jornal The New York Times.
Forças especiais estariam preparando o terreno para uma possível invasão ao território libanês. Oficiais ouvidos pelo jornal norte-americano disseram que firmaram e que as incursões se concentraram em reunir inteligência sobre posições do Hezbollah perto da fronteira.
As autoridades afirmaram que Israel ainda não decidiu sobre quando e se vão iniciar a operação terrestre no Líbano. Um dos oficiais israelenses descreveu as incursões à CNN como "ataques muito precisos, muito direcionados e muito pequenos", do tipo em que "você entra, você sai" para atingir especificamente as capacidades do Hezbollah.
Invasão por terra é possibilidade. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou hoje que o país se prepara para uma nova ofensiva terrestre contra o Hezbollah. "A eliminação do [chefe do Hezbollah] Hassan Nasrallah é um passo muito importante, mas não é tudo. Usaremos todas as capacidades que temos", disse Gallant, segundo jornal The Times of Israel.
Chefe do Exército israelense, Herzi Halevi, citou "possível" entrada por terra no Líbano na última quinta-feira (26). Na ocasião, ele pediu às tropas que estejam preparadas e afirmou que os bombardeios a alvos do Hezbollah têm a função de "preparar o terreno para uma possível entrada" por terra.
Estratégia é demonstrar força militar para mudar a posição declarada do Hezbollah. Grupo diz que continuará atacando Israel enquanto não houver um cessar-fogo em Gaza. Outro objetivo do governo israelense é retomar o controle do norte do país, de onde milhares de israelenses fugiram desde que o grupo passou a disparar mísseis contra o país, em 8 de outubro.
Israel ampliou ofensiva militar contra alvos no Líbano e no Iêmen nas últimas horas. Nesta segunda-feira (30), o líder do Hamas no Líbano, Fatah Sherif, foi morto em um campo de refugiados no sul do país. O bombardeio também matou um comandante da unidade de mísseis de precisão do Hezbollah, seu vice e outros dirigentes responsáveis pelo disparo de foguetes contra o centro de Israel na semana passada.
*Com AFP
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