Protestos pró-Palestina em vários países marcam um ano de guerra em Gaza
Manifestantes pró-Palestina protestaram em cidades ao redor do mundo na véspera do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, além de pedir um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, e o retorno dos reféns.
O que aconteceu
Em Berlim, as pessoas marcharam em solidariedade aos palestinos, muitas usando o keffiyeh, o lenço tradicional símbolo da luta palestina. Os manifestantes repetiam "Gaza não está só" e exibiam cartazes com as frases "Nada justifica o genocídio" e "Libertem Gaza".
Paralelamente, uma manifestação pró-israelense ocorria perto do Portão de Brandemburgo, na capital alemã. O grupo carregava bandeiras israelenses e fotos dos reféns retidos pelo Hamas.
"Infelizmente, neste primeiro aniversário do atentado terrorista do Hamas contra Israel, a paz ou até mesmo a reconciliação no Oriente Médio parecem mais distantes do que nunca", disse o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Em Londres, milhares de pessoas se reuniram em um ato convocado pela Junta dos Judeus Britânicos e o Conselho de Liderança Judaica, em colaboração com a embaixada de Israel. Em um telão, foram exibidas fotos dos mortos no ataque.
Sob o slogan "Estou de pé", milhares de pessoas de todas as idades se reuniram em Paris. Os parisienses foram às ruas da capital francesa para demonstrar sua "solidariedade aos palestinos e libaneses".
Em Washington, capital dos EUA, um homem que se apresentou como jornalista tentou atear fogo a si próprio em frente à Casa Branca para exigir o fim da ajuda militar dos Estados Unidos a Israel, seu aliado no Oriente Médio, segundo informações da AFP. Pedestres e policiais conseguiram apagar as chamas com água. A polícia afirmou que "seus ferimentos não colocavam sua vida em risco".
O protesto foi maior em Nova York, com pessoas reunidas na Times Square, algumas segurando fotos de cidadãos de Gaza mortos na guerra.
"Parem de armar Israel". Em Sydney, na Austrália, os manifestantes reuniram-se no Hyde Park, agitando bandeiras palestinas e libanesas.
Em Madri, a manifestação reuniu pessoas com cartazes com lemas como "Boicote a Israel" e "A humanidade morreu em Gaza". O grupo instou o presidente de governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, a romper relações diplomáticas com o país.
Na capital venezuelana, Caracas, centenas de simpatizantes do governo de Nicolás Maduro e membros da comunidade árabe protestaram em frente à sede da ONU. Com uma bandeira de 25 metros da Palestina e aos gritos de "Viva a Palestina livre!" e "Irã, Irã, atinja Tel Aviv", os chavistas entregaram um documento à organização multilateral para pedir o fim do "genocídio" do povo palestino.
Já em Rabat, a capital do Marrocos, pessoas se reuniram para demonstrar seu apoio ao povo palestino e pedir o rompimento das relações com Israel.
"Somos todos palestinos!". A embaixada americana em Jacarta, na Indonésia, também foi alvo de protestos. O grupo fez um apelo ao governo para rejeitar qualquer normalização das relações com Israel.
Na África do Sul, centenas de pessoas se manifestaram no centro da Cidade do Cabo tremulando entoando palavras de ordem como "Israel é um Estado racista".
Em 7 de outubro de 2023, membros do Hamas entraram no sul de Israel, matando quem encontraram pelo caminho. Morreram mais de 1.200 pessoas e 251 foram sequestradas, das quais 97 seguem cativas em Gaza e 37 teriam morrido, segundo o exército israelense.
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