Conteúdo publicado há 26 dias

Brasil diz que ataque de Israel ao Irã preocupa; EUA falam em autodefesa

Depois da onda de ataques de Israel contra o Irã neste sábado (26), o governo brasileiro condenou a escalada do conflito entre os países e pediu o cessar-fogo em todo o Oriente Médio. Já os Estados Unidos apoiaram e falaram que ataques de Israel são um "exercício de autodefesa". Dois soldados iranianos morreram durante a operação, que é uma resposta do governo de Benjamin Netanyahu à ofensiva militar que o país sofreu por parte do regime iraniano, no início de outubro.

O que aconteceu

Brasil criticou ataques e disse que acompanha as notícias com "preocupação". O governo brasileiro divulgou nota condenando a escala de conflito, pedindo que "todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção".

Governo afirmou ainda que reitera convicção sobre "amplo cessar-fogo" em todo o Oriente Médio. Nota reforça pedido para que a comunidade internacional "utilize todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter o aprofundamento do conflito". Por fim, governo diz que embaixada em Teerã monitora a situação dos brasileiros no Irã, em contato permanente com os nacionais no país.

Estados Unidos disseram que os ataques de Israel são um "exercício de autodefesa". Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, falou que a operação de Israel evitou áreas povoadas e "concentrou apenas em alvos militares", segundo reportagem do Al Jazeera. "Ao contrário do ataque do Irã contra Israel que teve como alvo a cidade mais populosa de Israel", afirmou Savett a jornalistas.

Pedimos ao Irã que cesse seus ataques a Israel para que este ciclo de luta possa terminar sem mais escalada. Sean Savett a repórteres

Joe Biden, presidente dos EUA, afirma que operação deveria "encerrar" ataques entre Israel e Irã, segundo funcionário da Casa Branca. Biden foi sendo atualizado conforme a operação israelense acontecia, disse o funcionário.

"Compromisso dos EUA é com a segurança de Israel e o direito à autodefesa", escreveu Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, no X.

Na ONU, os ataques foram condenados pelo secretário-geral António Guterres, que teme uma escala ainda maior da tensão na região. "Na sequência dos ataques perpetrados durante a noite pelas Forças de Defesa Israelitas contra alvos na República Islâmica do Irã, o secretário-geral está profundamente alarmado com a escalada contínua no Oriente Médio. Todos os atos de escalada são condenáveis e devem cessar", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

Segundo ele, o secretário-geral "reitera com urgência o seu apelo a todas as partes para que cessem todas as acções militares, incluindo em Gaza e no Líbano, envidem todos os esforços para evitar uma guerra regional generalizada e regressem à via da diplomacia".

Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pede que Irã não responda onda de ataques. "Estou certo de que Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana. Estou igualmente certo de que precisamos evitar uma escalada regional maior e pedir a todos os lados que mostrem contenção. O Irã não deve responder", disse em coletiva.

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França, Turquia, Egito e outros países condenaram ataque. Ministério das Relações Exteriores francês disse, em comunicado, que "todas as partes se abstenham de qualquer escalada e ação que possa piorar o contexto extremamente tenso na região".

Ministério das Relações Exteriores do Egito disse que "condena todas as ações que ameacem a segurança e a estabilidade da região". País enfatizou posição de que um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser realizado rapidamente.

Turquia fala em "genocídio em Gaza" por parte de Israel. "Agora está claro que colocar fim ao terror israelense na região se tornou uma tarefa histórica para garantir a segurança e a paz internacionais."

Arábia Saudita também condenou ataques mirando o Irã como uma "violação de sua soberania" e leis internacionais. Gabinete do primeiro-ministro do Iraque afirmou que país reitera posição de cessar-fogo em Gaza e no Líbano.

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