Eleições nos EUA: quando acontece e que horas é a apuração
Os Estados Unidos escolhem nesta terça (5) o novo presidente do país, em disputa entre Kamala Harris e Donald Trump. A apuração está prevista para iniciar durante a noite de terça, mas não tem hora - nem dia - pra acabar.
Tempo de apuração
A duração da apuração pode variar bastante. Em 2016, o resultado foi conhecido na manhã seguinte à eleição, com Trump sendo declarado vencedor. Já em 2020, a contagem levou cinco dias, até que a vitória de Biden foi confirmada, devido à competição acirrada, que exigiu uma contagem meticulosa de cada voto.
A maneira como os eleitores escolhem votar também impacta a velocidade da contagem. Nos EUA, os votos podem ser realizados de três maneiras: presencialmente no dia da eleição, de forma antecipada e presencial, ou via correio, enviando o voto dias ou até semanas antes. Quando há um grande número de votos enviados pelo correio, como em 2020, o processo de apuração tende a ser mais demorado.
Resultados divulgados
Espera-se que o presidente eleito seja projetado na noite ou madrugada da eleição em novembro, no dia 5 para o dia 6, mas a confirmação oficial é feita pelo Colégio Eleitoral apenas em dezembro. Isso ocorre porque os eleitores do Colégio Eleitoral, que representam cada estado, se reúnem em suas capitais estaduais na segunda segunda-feira de dezembro para formalizar seus votos.
Após essa votação, o próximo passo é a certificação pelo Congresso dos EUA, que ocorre em uma sessão conjunta no início de janeiro. Nesse encontro, os votos dos eleitores são contados e o vencedor é oficialmente declarado pelo Congresso. A posse do novo presidente acontece no dia 20 de janeiro, iniciando seu mandato de quatro anos.
Nos Estados Unidos, a escolha do presidente não ocorre de maneira direta pelo voto popular. Em vez disso, os candidatos buscam assegurar a maioria dos 538 votos disponíveis no Colégio Eleitoral distribuídos por estado, sendo necessário obter 270 votos para conquistar a vitória.
Apenas os estados de Maine e Nebraska adotam um sistema distinto, onde alguns delegados votam de acordo com os resultados distritais, enquanto outros representam o estado como um todo.
Por que essa estrutura?
É possível que um candidato triunfe no Colégio Eleitoral mesmo recebendo um número menor de votos populares. Cada estado possui um número de delegados proporcional à sua população, o que faz com que certos estados tenham maior influência no resultado final.
Um exemplo disso ocorreu em 2016, quando Donald Trump foi eleito, apesar de ter recebido menos votos populares do que Hillary Clinton, já que conseguiu o apoio necessário dos delegados em estados-chave como a Califórnia, Pensilvânia e Texas.
Caso haja empate ou nenhum candidato alcance a maioria necessária, a decisão sobre a presidência é transferida para a Câmara dos Deputados, onde cada estado tem direito a um voto. Essa situação já ocorreu apenas duas vezes na história dos EUA: em 1800 e 1824.
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