Justiça russa mantém brasileira do Greenpeace presa até domingo
A Justiça da Rússia determinou nesta quinta-feira (26) que a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foi detida a bordo de um navio do Greenpeace no Norte do país nesta semana, permaneça presa pelo menos até domingo (29).
Segundo a decisão do tribunal na cidade de Murmansk, um total de 11 ativistas da ONG ambiental terão que permanecer presos por até dois meses, enquanto avançam as investigações. Eles são acusados de pirataria. Outros quatro, incluindo a brasileira, tiveram a prisão confirmada só até o domingo.
Os ativistas foram conduzidos ao tribunal algemados e colocados dentro de jaulas de metal. Lá, ouviram a argumentação da promotoria, que alega que eles são culpados de "pirataria de grupo organizado", de que eles poderiam tentar escapar se a prisão deles não fosse mantida.
Entre os ativistas cuja prisão foi decretada por dois meses está o capitão do navio, o norte-americano Peter Willcox. O tribunal pode ainda manter a prisão provisória de outros ativistas dos 30 ativistas de 18 países que estavam no navio quebra-gelo Artic Sunrise.
Putin
No dia anterior, em um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, dois ativistas subiram em uma plataforma operada pela empresa russa Gazprom na região.
Sob ordem das autoridades russas, a embarcação, então, atracou na baía de Kulonga, nos arredores de Murmansk.
O Greenpeace criticou a intenção das autoridades russas de processar os ativistas sob a acusação de pirataria, chamando-a de "medida desesperada.
"Os ativistas escalaram a plataforma de petróleo da Gazprom apenas com cordas e faixas com mensagens, para uma ação completamente pacífica e segura contra uma exploração de altíssimo risco na região. O crime de pirataria não se aplica a protestos seguros e pacíficos", disse o advogado-geral do Greenpeace Internacional, Jasper Teulings, em nota publicada pela ONG.
Na quarta-feira (25), o presidente russo, Vladimir Putin, havia dito que "obviamente" os ativistas "não são piratas", mas afirmou que eles violaram leis internacionais ao se aproximar perigosamente de uma plataforma de petróleo.
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