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Aquecimento global: homem mais rico do mundo, dono da Amazon doa US$ 10 bi contra mudanças climáticas

O bilionário Jeff Bezos, anunciou doação de US$ 10 bilhões para projetos que visam o combate ao aquecimento global - AFP
O bilionário Jeff Bezos, anunciou doação de US$ 10 bilhões para projetos que visam o combate ao aquecimento global Imagem: AFP

18/02/2020 07h57

O dono da Amazon e homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, anunciou a doação de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 43,3 bilhões) para ajudar o combate ao aquecimento global.

Ele afirmou que o montante vai financiar o trabalho de cientistas, ativistas, ONGs e outros envolvidos no tema.

"Eu quero trabalhar ao lado de outras pessoas tanto para ampliar os caminhos já conhecidos quanto para explorar novos caminhos da luta contra o impacto devastador das mudanças climáticas."

Em seu perfil na rede social Instagram, ele afirmou que o fundo criado começará a distribuir dinheiro em meados deste ano.

"Podemos salvar a Terra. Isso demandará ações conjuntas de grandes empresas, pequenas empresas, nações, organizações globais e indivíduos."

Segundo a revista Forbes, Bezos tem cerca de US$ 129,9 bilhões (o equivalente a R$ 562,6 bilhões). Ele ainda é o CEO da Amazon, empresa fundada por ele em 1994 que hoje vale mais de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 4,3 trilhões).

Ele também é dono do jornal The Washington Post e da Blue Origin, empresa que desenvolve foguetes de uso comercial.

O montante doado para o combate ao aquecimento global equivale a 8% de sua fortuna estimada. Bezos vinha sendo cobrado a ser mais atuante por funcionários da Amazon, ativistas e especialistas.

A quantia que Bezos doou para ajudar o combate a incêndios recentes na Austrália também foi alvo de críticas. A doação de US$ 690 mil equivalia ao que Bezos ganhou a cada cinco minutos em 2018, segundo cálculo da Business Insider.

Em comparação a outros multibilionários, Bezos pratica uma filantropia limitada. Sua maior doação até então havia sido em setembro de 2018, quando doou US$ 2 bilhões (R$ 8,7 bilhões) para ajudar escolas e famílias sem teto.

Essa doação também gerou críticas ao multibilionário por causa de acusações envolvendo as condições de trabalho na Amazon. O escritor James Bloodworth, autor de uma investigação sobre isso nos centros de distribuição da companhia de Bezos, afirmou: "Há relatos críveis de funcionários de galpões da Amazon que moram em tendas porque não conseguem bancar um aluguel com seus salários".

O super-rico também recebe críticas por não ter aderido à campanha Giving Pledge (Promessa de Doação, em tradução livre), na qual super-ricos se compomete a doar metade de suas fortunas enquanto ainda estão vivos.

A Amazon, baseada na cidade americana de Seattle, é vizinha da Microsoft, que em janeiro divulgou sua meta de ter pegada de carbono negativa até 2030. E até 2050, pretende remover do ambiente "todo o carbono que a empresa emitiu diretamente ou por consumo elétrico desde que foi fundada em 1975".

A empresa de Bezos, por sua vez, tem a meta de zerar sua pegada de carbono até 2040, incluindo, por exemplo, o frete feito pela Amazon e terceirizadas, o uso de energia elétrica e viagens corporativas.