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Dilma muda agenda e faz saudação inicial da Rio+20

A presidente Dilma Rousseff ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - AFP
A presidente Dilma Rousseff ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon Imagem: AFP

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

20/06/2012 11h01Atualizada em 20/06/2012 17h56

A presidente Dilma Rousseff fez a saudação inicial da Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa nesta quarta (20) e acontece até dia 22 de junho no Rio. 

Em uma breve aparição - que não estava na sua agenda inicialmente --, a presidente saudou os líderes e agradeceu por ter sido escolhida como presidente da conferência. "Não tenho dúvidas que estaremos à altura da complexidade que o desafio da situação global nos impõe", disse a presidente. Está previsto um discurso oficial para a tarde de hoje.

Após sua fala, o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon considerou a conferência oficialmente aberta.

Programada  para começar às 10h, a sessão só teve início às 10h35, pouco depois da chegada de Dilma ao salão da conferência.

Veja o discurso na presidente na abertura da sessão plenária

Representante da juventude

O primeiro palestrante do evento de abertura foi a representante da juventude e futuras gerações na conferência, a neo-zelandesa Brittany Trilford, 17. Brittany é uma espécie de sucessora de Severn Suzuki, a jovem canadense de 12 anos que discursou na Rio-92 para os principais chefes de Estado do planeta. Fenômeno no Youtube, o discurso da menina entrou para a história do evento. Na ocasião ela cativou a plateia com palavras ingênuas, mas fortes.

Nesta quarta, Brittany fez um discurso mais agressivo que Severn: "Estou com o coração em chamas. Tenho muita raiva do estado em que se encontra o mundo hoje". Segundo ela, as promessas da Rio92 estão "vazias". E ainda completou: "Nós, da nova geração, exigimos mudança, exigimos ação. Nós confiamos que vocês, nas próximas 72 horas, coloquem os nossos interesses acima de tudo".

Após o discurso da garota, o secretário-geral disse: "Mais uma vez o Brasil é palco para um evento que vai mudar o mundo. Não avançamos o suficiente no caminho mapeado naquela vez [referindo-se ao evento de 1992]. Temos agora uma segunda chance. O mundo está nos observando. Estamos correndo contra o relógio"

Pelo fato de a Rio+20 ser no Brasil, o ministro das Relações Exteriores do país anfitrião, Antonio Patriota, foi aclamado como vice-presidente ex-oficio da conferência. Outros 25 vice-presidentes, previamente acordados, também foram eleitos por aclamação.