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Hillary Clinton diz que energia limpa é um dos 'pilares' da política externa americana

Hillary Clinton participa do último dia da Rio+20, representando o presidente dos EUA, Barack Obama - Marco Antônio Teixeira / UOL
Hillary Clinton participa do último dia da Rio+20, representando o presidente dos EUA, Barack Obama Imagem: Marco Antônio Teixeira / UOL

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

22/06/2012 11h16

Em sua rápida passagem pela Rio+20, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hilary Clinton, anunciou o lançamento de uma linha de financiamento para projetos de energia renovável na África. “O esforço dos Estados Unidos para tornar a energia limpa é uma das pedras fundamentais da nossa política externa”, disse Hillary em pronunciamento na sede da delegação americana na Conferência.

O primeiro investimento, de US$ 20 milhões, ainda dependendo de aprovação do Congresso americano, será destinado a projetos para construção de usinas geradoras de energia ou para o aperfeiçoamento de estruturas já existentes, com foco no que eles chamam de “energia limpa”. “Esperamos que esse investimento alavanque outros investimentos, esperamos atrair centenas de milhões”, disse.

Vale lembrar que os EUA são o país que mais investiu em energia limpa no último ano, superando a China, que liderava o ranking desde 2009.

Iniciativa privada

Em discurso no plenário da Conferência, Hillary elogiou a importância dada no documento a ser aprovado ao papel da iniciativa privada para a solução dos problemas relacionados ao desenvolvimento sustentável.

“Vamos fazer a nossa parte, como governo. Mas vamos usar o setor privado”, disse em seu pronunciamento de cunho liberal no plenário da conferência, na manhã desta sexta-feira (22).

Na negociação do texto da Rio+20, os Estados Unidos tiveram papel fundamental no veto à adoção de um fundo global, de US$ 30 bilhões, destinado ao financimento do desenvolvimento sustentável. Em lugar de números, aparece a menção a cooperação com parceiros, o que sinaliza investimentos de bancos e da iniciativa privada para o tema.

Hillary citou o empresário Steve Jobs (1955-2011), criador da Apple, para reforçar a ideia de que Estados e governos devem abrir espaço para a iniciativa privada. “Pensar grande, mas diferente”, disse ela. Em outra passagem, repetiu a apologia ao setor privado dizendo: “Não podemos ficar fechados. Precisamos de parceria”

Hillary cumpre agenda de pouco mais de seis horas no Brasil. Além do anúncio do plano de investimento na África, a secretária de Estado discursa brevemente no plenário da Rio+20, depois tem encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Líbano, Najib Mikati, e da Austrália, Julia Gillard, e com o presidente da Sérvia, Tomislav Nikolic.