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Rússia abre investigação por pirataria contra militantes do Greenpeace

Em Moscou

24/09/2013 07h40

As autoridades russas abriram uma investigação por pirataria contra militantes do Greenpeace, que serão processados "independentemente de sua nacionalidade" por sua ação contra uma plataforma petroleira da Gazprom no Ártico, anunciou nesta terça-feira (24) a comissão de investigação russa.

"Uma investigação criminal correspondente ao artigo 227 parte 3 do código penal (pirataria em grupo organizado) foi aberta", indicou a comissão em um comunicado, informando que as pessoas envolvidas serão processadas "independentemente de sua nacionalidade".


Este anúncio é feito no mesmo dia em que o barco do Greenpeace tomado de assalto na quinta-feira no Ártico pelas forças de segurança chegou a Murmansk (noroeste).

"O Arctic Sunrise chega a Murmansk", escreve o Greenpeace no Twitter, onde mostra a foto do barco da guarda-costeira russa rebocando o do Greenpeace.

A bordo estão os militantes da ONG, que podem ser julgados por pirataria em grupo organizado, um crime que na Rússia pode levar a até 15 anos de prisão.

O quebra-gelos do Greenpeace havia sido enviado à região para protestar contra um projeto de exploração do gás russo Gazprom. Foi tomado pelas forças russas no mar de Pechora, no Ártico.

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel estava entre os militantes que participaram desta ação do Greenpeace. Segundo a ONG, a bordo de sua embarcação estavam, além da brasileira, ativistas de Rússia, Finlândia, Holanda, Suíça, entre outros.

Dois dos militantes, um suíço e um finlandês, ficaram detidos durante algumas horas na embarcação da guarda-costeira russa.