Último ativista do Greenpeace detido na Rússia deixa a prisão
O último membro da tripulação do barco de Greenpeace detido na Rússia, o australiano Colin Russell, deixou nesta sexta-feira a prisão em São Petersburgo, após pagamento da fiança acordado no dia anterior pela justiça.
"Colin Russel deixou a prisão. A fiança de dois milhões de rublos (45.000 euros) foi paga", declarou à AFP Violetta Ryabko, porta-voz do Greenpeace.
Russel, que passou 71 dias na prisão, era o único militante dos 30 membros da tripulação do "Artic Sunrise" que não havia sido beneficiado por esta medida em primeira instância.
Ele foi o primeiro a se apresentar ao tribunal, que determinou a prorrogação de sua detenção por mais três meses, até 24 de fevereiro.
Os 30 membros da tripulação presos em setembro - entre eles a brasileira Ana Paula Maciel -, depois de uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico, foram acusados de pirataria e, ao final de outubro, de vandalismo.
Não está claro se a primeira acusação, que pode ser punida com até 15 anos de prisão, será retirada, enquanto a segunda pode resultar em uma pena de até sete anos de detenção.
Eles permaneceram várias semanas detidos em Murmansk e foram transferidos no início de novembro para São Petersburgo.
"Ficou claro durante as audiências para definir o direito à liberdade sob fiança que a Comissão de Investigação irá prosseguir com a acusação de pirataria", indicou o Greenpeace em seu comunicado.
"Agora, não sabemos quando os ativistas não-russos poderão retornar para suas casas. E, por enquanto, todos irão permanecer em São Petersburgo", acrescenta a ONG.
Na semana passada, o Tribunal Internacional do Direito Marítimo, órgão das Nações Unidas com competência para resolver disputas marítimas internacionais que foi acionado pela Holanda - o navio Arctic Sunrise navegava sob a bandeira holandesa - pediu na sexta-feira às autoridades russas para que autorizasse "todas as pessoas que foram detidas (...) a deixar o território e as zonas marítimas sob sua jurisdição".
Contudo, o diretor da administração presidencial russa reiterou que Moscou, que boicotou o processo desta jurisdição, não reconhece a competência deste tribunal no litígio em questão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.