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Pesquisadores encontram bactéria que se alimenta de plástico tóxico

O lixo plástico flutua pelos oceanos, ameaça a vida marinha e polui cada vez mais as praias - Getty Images
O lixo plástico flutua pelos oceanos, ameaça a vida marinha e polui cada vez mais as praias Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/03/2020 11h55

Cientistas descobriram uma bactéria que não só se quebras as moléculas de plástico tóxico, como se alimenta disso depois. Encontrada em um depósito de lixo, a bactéria é a primeira de que se tem notícia a atacar o poliuretano.

Depois da decomposição, o poliuretano pode liberar substâncias tóxicas e cancerígenas que matariam boa parte das bactérias, mas a recém-descoberta sobrevive. Apesar do achado, ainda é preciso fazer muita pesquisa antes que essa bactéria possa ser utilizada no tratamento do plástico jogado no lixo.

A pesquisa que identificou um novo tipo da bactéria Pseudomonas, um grupo conhecido por aguentar condições adversas, como altas temperaturas e ambientes ácidos.

Os cientistas deram os principais componentes químicos do poliuretano para essa bactéria se alimentar e descobriram que ela pode usar esse material como fonte de carbono, nitrogênio e energia.

Parte a equipe da pesquisa, o pesquisador Hermann Heipiper, do Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental-UFZ de Leipzig (Alemanha), disse em entrevista ao jornal britânico The Guardian que pode levar dez anos para que a bactéria seja usada em larga escala e que, enquanto isso, é vital reduzir o uso de plástico difícil de reciclagem.

Foram produzidas mais de 8 bilhões de toneladas de plástico desde 1950 e boa parte desse material acabou nos oceanos, em lixões ou poluindo terras.