País terá dificuldade se não mudar política ambiental, diz governador do ES
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou hoje que o governo brasileiro terá dificuldades caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mantenham o rumo de sua política ambiental.
"O presidente Bolsonaro tinha uma identidade 100% alinhada com [o ex-presidente dos EUA, Donald] Trump. Agora, ou governo muda e caminha corretamente nessa área ou terá dificuldade no governo do presidente Biden", afirmou Casagrande em entrevista ao canal GloboNews na manhã de hoje.
Casagrande e mais 20 governadores enviaram ontem uma carta ao presidente americano, Joe Biden, em que defendem medidas de preservação do meio ambiente. O Brasil participará da Cúpula de Líderes, que começa amanhã e vai discutir questões climáticas e ambientais.
O desmatamento na Amazônia deve ser uma das questões centrais a serem abordadas no encontro virtual. Números apontam que o desflorestamento avançou no governo Bolsonaro.
Governador nega concorrência com governo federal
Casagrande afirmou que o objetivo da carta enviada pelos governadores é estabelecer um canal de diálogo com Biden, que, segundo ele, tem uma visão mais progressista em relação às mudanças climáticas do que seu antecessor, Donald Trump.
O pessebista, no entanto, negou que os governadores estejam querendo concorrer com o governo federal em relação ao protagonismo no debate ambiental.
"Não quereremos concorrência com governo federal, mas entrar no tema efetivamente para que possamos alcançar metas estabelecidas no Acordo de Paris", declarou. "Queremos que nossa iniciativa seja mais uma e até incentive o governo federal a se voltar para esse tema, que está tirando oportunidade dos brasileiros."
Além disso, Casagrande afirmou que a iniciativa dos governadores também tenta mudar a imagem do Brasil, dentro e fora do país, em relação ao compromisso com a preservação ambiental.
"O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta e nós, apesar disso tudo, conseguimos construir uma imagem muito ruim no cenário internacional. Os governadores podem atuar para ajudar a melhorar a imagem do Brasil e a consolidar ações concretas de recomposição florestal, de renovação das suas fontes de energia e de cumprimentos das metas estabelecidas no Acordo de Paris", disse.
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