Em TV, Ricardo Salles explica fala 'passar a boiada' e critica imprensa
Em entrevista ao programa Agora com Lacombe, na RedeTV!, que foi ao ar na noite desta quinta-feira (20), o ministro Ricardo Salles explicou o significado da frase "passar a boiada" e criticou a atuação da imprensa. A entrevista foi gravada no dia 18, antes da Polícia Federal deflagrar a operação que apura crimes contra a administração pública praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
Ao ser questionado sobre a frase dita na reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020, em que Salles defendeu que o governo aproveitasse a crise sanitária causada pelo novo coronavírus para "passar a boiada", o ministro respondeu que a "frase foi tirada de contexto", e que ele "queria desburocratizar, simplificar e colocar regras de maneira racional".
"A fala não tem nada de errado, ela está absolutamente correta, o problema é que ela foi tirada de contexto, ela foi colocada em uma reunião de ministro em que todos entendem a burocracia que atrapalha as atividades de todo mundo do governo e de fora do governo também. A vida de um brasileiro que quer montar uma banca de jornal, um carrinho de amendoim ou de algodão doce, a quantidade que ele tem que tirar de alvará é um inferno. O Brasil é um inferno do empreendedor", explicou o Ricardo Salles.
"Tudo vira um massacre na imprensa"
O chefe do Meio Ambiente do governo Bolsonaro não perdeu a oportunidade de atacar o trabalho dos jornalistas. O ministro se queixou da cobertura dada aos projetos do governo e afirmou que "tudo o que se tenta fazer vira um massacre na imprensa".
Ricardo Salles — passou por ação de busca e apreensão nos endereços residenciais em São Paulo, no endereço funcional em Brasília e no gabinete do Pará, autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nesta quarta-feira — afirmou que a "imprensa distorce, mente, que faz edições e uma cobertura cafajeste sobre os fatos no Brasil".
Outro ponto que recebeu críticas de Ricardo Salles foi a agenda ambiental urbana, que segundo ele estava "totalmente abandonada" em governos anteriores. O atual chefe do Meio Ambiente no governo Bolsonaro afirmou que nada foi feito para resolver o problema do lixo, dos lixões e do saneamento básico no Brasil.
Ao trazer dados, Salles informou ter recebido o "país com 100 milhões de pessoas sem coleta e tratamento de esgoto, 35 milhões que se quer tem água potável e mais de 3 mil municípios com lixões, um caos na gestão do lixo", e concluiu com o questionamento sobre os feitos dos ex-ministros da pasta.
Diferente de pontos criticados, a lei do licenciamento ambiental aprovada na semana passada foi comemorada por Salles que ressaltou a importância do texto para modernização do Brasil, além de dizer que o texto "já deveria ter sido aprovado há anos.
"O Brasil tem normas que já estão anacrônicas faz muito tempo. O mundo tecnológico, indústria, setor produtivo e as próprias técnicas de prevenção ambiental mudaram muito ao longo dos anos", afirmou o ministro do Meio Ambiente.
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