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John Kerry cobra mais agilidade na ação climática: "A natureza está gritando"

09/09/2021 01h59

Washington, 8 set (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, declarou nesta quarta-feira que é preciso "acelerar a ação" no combate à crise climática já que "a natureza está gritando", em meio à crescente frequência de desastres como inundações e incêndios.

Kerry discursou na cúpula virtual Diálogo de Alto Nível sobre Ação Climática nas América, evento organizado por Argentina, Barbados, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá e República Dominicana.

"A natureza está gritando. Está nos enviando mensagens todos os dias de que não estamos fazendo o suficiente", afirmou o representante americano.

O ex-secretário de Estado dos EUA frisou que "uma ação mundial é necessária e mais urgente do que nunca", ao opinar que não se trata mais de "aprovar mais compromissos".

Kerry enumerou desastres naturais que ocorrem com cada vez mais frequência, como "inundações, incêndios e o derretimento dos glaciares".

"Segundo os cientistas, o problema é que talvez tenhamos passado dos pontos de inflexão, o do Atlântico e o dos recifes de coral, e que talvez seja irreversível", advertiu.

O representante americano enfatizou que a luta contra o aquecimento global está em "sua década decisiva", após os "anos perdidos" durante o governo do ex-presidente Donald Trump.

Os líderes dos países organizadores debateram no encontro como melhorar a "ambição climática", de olho na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26), que será realizada em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro.

Marcaram presença no evento os presidentes da Argentina, Alberto Fernández; da Colômbia, Iván Duque; da Costa Rica, Carlos Álvarez Quesada; do Panamá, Laurentino Cortizo; e da República Dominicana, Luis Abinader; além da primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley.