Fósseis mais antigos de morcegos já descobertos ilustram evolução dos mamíferos voadores
Os dois fósseis mais antigos conhecidos de morcegos, desenterrados no sudoeste do Estado norte-americano do Wyoming e datados de pelo menos 52 milhões de anos atrás, estão fornecendo informações sobre a evolução inicial desses mamíferos voadores - hoje representados por mais de 1.400 espécies.
Os fósseis, descritos em um novo estudo, são de uma espécie até então desconhecida chamada Icaronycteris gunnelli, intimamente relacionada a duas outras espécies conhecidas de fósseis um pouco mais jovens da mesma área, que durante a época do Eoceno era um ecossistema úmido e subtropical centrado em um lago de água doce.
"Este morcego não era muito diferente dos morcegos insetívoros que voam hoje", disse o paleontólogo Tim Rietbergen, do Centro de Biodiversidade Naturalis, na Holanda, principal autor do estudo publicado esta semana na revista PLOS ONE.
"Se dobrasse as asas ao lado do corpo, caberia facilmente na sua mão. Suas asas eram relativamente curtas e largas, refletindo um estilo de voo mais esvoaçante. A dentição mostra claramente que se tratava de um morcego comedor de insetos.
"Também era provavelmente um morcego com ecolocalização", acrescentou Rietbergen. A ecolocalização é uma forma de sonar comum em morcegos, usada para navegar e caçar.
Seus dentes possuíam cúspides e cristas afiadas para cortar o exoesqueleto de insetos e careciam das superfícies arredondadas para esmagar, úteis para comer frutas.
O que é notável sobre esses dois fósseis —um descoberto em 2017 e outro originalmente desenterrado em 1994 e só agora reconhecido como uma nova espécie— é como eles mostram que os morcegos no início de sua história já possuíam muitas características vistas em espécies modernas.
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