5 aves que não podem voar; algumas estão entre as maiores do mundo

As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Embora a maioria das aves esteja adaptada ao voo, existem algumas exceções. Conheça abaixo cinco exemplares que precisaram se adaptar a vida na terra por não adquirirem esta habilidade.

Kakapo (Strigops habroptilus)

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Imagem: The world's rarest/Reprodução

Um papagaio que não voa? Isso mesmo! O kakapo é uma ave noturna, endêmica da Nova Zelândia e uma verdadeira raridade. Isso porque, além de ser uma das poucas aves que não consegue alçar voo, ele está criticamente ameaçado de extinção.

Os humanos começaram a ocupar áreas que antes eram habitadas pelos animais. Assim, os kakapos, por não voarem, passaram a ser presas fáceis para animais de estimação como cães e gatos.

Antes da chegada dos humanos, os kakapos eram comuns em todas as florestas da Nova Zelândia. Contudo, em meados da década de 1990, o número de aves chegou ao ponto mais baixo com apenas 50 animais.

Para preservá-la, o primeiro passo foi a transferência de toda a população para ilhas livres de predadores, o que gerou um aumento significativo no número de indivíduos da espécie. Um total de 210 aves foi mapeado em junho de 2020. Para o monitoramento e cuidado com a espécie, todas carregam transmissores de rádio e são monitoradas e gerenciadas intensivamente.

Atualmente, os kakapos são mantidos em três ilhas: Whenua Hou, Anchor Island e Hauturu.

Pinguins (Spheniscidae)

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Imagem: Getty Images/iStockphoto
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Os pinguins são aves marinhas, pertencentes à família Spheniscidae, e, embora não possam voar, são capazes de nadar longas distâncias. Algumas espécies chegam a passar mais de 70% de suas vidas dentro da água. Atualmente os pinguins são representados por 18 espécies, mas registros fósseis indicam que já existiram 32.

Acredita-se que os ancestrais dos pinguins se diferenciaram há mais de 40 milhões de anos, perdendo a capacidade de voar, mas se adaptando à vida marinha e adquirindo a capacidade da natação.

Esses animais existem somente no hemisfério sul, sendo muito comuns na Antártida. Ocorrem também em regiões mais quentes, como a Nova Zelândia, sul da África, Austrália e América do Sul, e até em regiões próximas ao equador, como o arquipélago de Galápagos.

As maiores espécies de pinguins chegam a medir 1 metro de comprimento e pesar até 30 quilos. Já as menores chegam no máximo a 40 centímetros e 2 quilos.

Avestruz (Struthio camelus)

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Imagem: Saad Khan/Unsplash
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Como é um animal onívoro, a avestruz se alimenta de pastagens, folhas secas, sementes, flores, raízes, insetos e até mesmo pedras.

Seu habitat natural são as savanas africanas, com vegetação rasteira, mas comprida o suficiente para cobrir a cabeça da ave por completo enquanto ela procura comida perto do chão. "É isso que dá a impressão de que ela está colocando a cabeça no buraco", comenta Eli Carlos dos Santos, biólogo da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. "Mas, na verdade, ela só está comendo essa vegetação mais rasteira".

Eles são ótimos corredores, podem chegar a uma velocidade de 70 km/h. Os machos podem chegar até 2,8 metros de altura, já as fêmeas, 2,5 metros, sendo consideradas as maiores aves do planeta.

A expectativa de vida desses animais é de 50 a 70 anos - com 30 anos em vida reprodutiva. A fêmea bota de 30 a 50 ovos por ano, que chegam pesar 1,8 kg e são chocados por volta de 42 dias.

Emas (Rhea americana)

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Imagem: André de Oliveira - Mineiros/GO
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Nativa da América do Sul e considerada a maior ave brasileira, a ema (Rhea americana) não voa, mas usa suas grandes asas para se equilibrar enquanto corre. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg.

Atualmente, são reconhecidas cinco subespécies de emas, das quais três ocorrem no Brasil. Outras espécies são encontradas na Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

A ave é muito conhecida pela sua presença no cerrado brasileiro, figurando, inclusive, nos jardins do Palácio da Alvorada.

Uma curiosidade da Ema é que os machos são os responsáveis pela incubação e cuidado com os filhotes.

Casuar (Causarius casuaris)

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Imagem: Summerdrought/Creative Commons
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O casuar é natural da Austrália e Nova Guiné. Sua origem remonta à época dos dinossauros, mas, a exemplo da ema brasileira, durante a evolução a ave perdeu a capacidade de voar.

Sua alimentação é baseada em folhas e frutas, o que torna o casuar um excelente propagador de sementes nas matas da Oceania.

Devido à perda do habitat e o consumo da carne e ovos pelos aborígines, principalmente na Nova Guiné, a ave tornou-se ameaçada de extinção.

Ela pode correr a até 50 km/h e saltar 1,5 m, tornando-se agressivo quando protege ovos e filhotes, por isso é temido pelos homens.

*Com informações de reportagem publicada em UOL Educação Aves, UOL Educação Pinguins, em 13/01/2024, 17/10/2017 e 17/12/2018

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