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Filha busca justiça pela mãe morta em meio às revelações do IRA

Ralf Hoppe

Por algum tempo, recentemente, Helen McKendry tinha motivos para acreditar que as coisas estavam melhorando. O homem que ela considerava ter destruído sua vida havia sido preso e estava detido no quartel-general da polícia em Antrim, um prédio semelhante a uma fortaleza a 20 quilômetros a noroeste de Belfast, Irlanda do Norte. McKendry esperava que ele permanecesse trancafiado por muito tempo – preferivelmente, pelo restante de sua vida. Mas ele foi solto e, pouco tempo depois, apareceu em uma coletiva de imprensa vestindo terno escuro, camisa branca e uma gravata vermelha, sorrindo friamente e insistindo que era inocente. Apesar do homem – 65 anos, magro, elegante, com barba grisalha e óculos – poder passar por um professor ou banqueiro, ele é na verdade o político mais controverso na Irlanda do Norte: Gerry Adams, o presidente do partido republicano irlandês Sinn Féin. A legenda é o braço político do Exército Republicano Irlandês (IRA) e, atualmente, a segunda maior na Assembleia da Irlanda do Norte. McKendry diz que teve vontade de gritar quando viu a cobertura na TV, especialmente quando um dos apoiadores dele exclamou: "Nós não permitiremos que a reputação de nosso líder seja manchada!".  #uolbr_geraModulos('embed-lista','/2014/leia-mais-1400298560350.vm') Adams, que também é membro do Parlamento na República da Irlanda, é considerado o arquiteto do processo de paz entre católicos e protestantes, que culminou na eleição em 2007 de um governo conjunto do Partido Unionista Democrático e do Sinn Féin. Mas, agora, o Serviço de Polícia da Irlanda do Norte está no processo de investigação do mais horrível dos crimes cometido durante "The Troubles" (os problemas), como costuma ser chamado o período do conflito na Irlanda do Norte – e o rastro parece levar a Adams, que algumas pessoas alegam que exercia um papel importante no IRA.

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