Só tem uma chapa de esquerda neste país, diz Erundina em convenção do PSOL

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Luís Adorno/UOL

    A deputada Luiza Erundina discursa na convenção do PSOL que oficializa candidatura de Boulos (ao fundo)

    A deputada Luiza Erundina discursa na convenção do PSOL que oficializa candidatura de Boulos (ao fundo)

Durante a convenção nacional do PSOL, que lançou Guilherme Boulos como candidato à Presidência da República, com Sonia Guajajara de vice, a deputada federal Luiza Erundina (SP) afirmou que a chapa era a única à esquerda no pleito deste ano.

A afirmação neste sábado (21) soou como alfinetada às candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva, que segue como pré-candidato do PT, mesmo preso desde 7 abril deste ano, e de Ciro Gomes, lançado candidato do PDT nesta sexta-feira (20).

"Só tem uma chapa de esquerda neste país. É a chapa de Boulos e Sonia. A partir de agora, nós vamos para as ruas", disse, sob muitos aplausos, Luiza Erundina. Outros parlamentares e quadros importantes do PSOL não falaram sobre o assunto. Apenas apoiaram a candidatura de Boulos.

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O PSOL lançou oficialmente Guilherme Boulos como candidato à Presidência. Ao seu lado, a líder indígena Sônia Guajajara, que foi escolhida como vice da chapa que disputará as eleições 2018

Questionado pelo UOL sobre a afirmação de Luiza Erundina, de que sua chapa seria a única de esquerda no país, Boulos afirmou que há outras candidaturas de esquerda e "contra o golpe" e que as respeita. Mas diz que representa uma esquerda que será "combatente".

"Nós temos que dizer o que cada um entende por esquerda. Uma esquerda que não tenha compromisso com o sistema e com os mercados, que não vai repetir alianças de toma lá, da cá, que aponte que governabilidade não pode ser relação de politicagem tem que ser construída com o povo nao vai deixar nessa eleição de enfrentar nenhum tabu. Essa é a nossa candidatura", disse.

Alfinetando Ciro Gomes ao discursar, Boulos rechaçou apoio do "centrão" na candidatura, que após flerte com o pedetista, definiu coligação com o tucano Geraldo Alckmin. "Esse centrão é a turma do Eduardo Cunha, é o partido da corrupção do Brasil, do toma lá, dá cá, balcão de negócios. Vão para a oposição porque não queremos nada com essa turma", afirmou.

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou estar orgulhoso da candidatura. "Não era falta de nome, mas temos a consciência histórica de que somos insuficientes. Precisamos colocar o pé no barro e enfrentar essa burguesia nojenta", disse.

Ao todo, 61 membros do diretório nacional participaram da convenção do partido neste sábado. Também marcaram presença parlamentares, pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado e às assembleias legislativas. Militantes do MTST, PCB e organizações indígenas também compareceram.

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