Dodge critica recursos protelatórios ao TSE na véspera de registro de Lula

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, criticou nesta terça-feira (14) a apresentação de "recursos protelatórios" à Justiça Eleitoral por candidatos inelegíveis, com a intenção de adiar a decisão sobre a rejeição de suas candidaturas.

"Recursos protelatórios também não podem ter efeitos suspensivos com o propósito de influenciar o resultado das eleições, sobretudo quando temos um calendário eleitoral tão curto", disse.

"A lei das inelegibilidades deve ser assegurada para que só os elegíveis concorram e os inelegíveis não financiem suas pretensões com recursos públicos", afirmou a procuradora.

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Dodge fez a afirmação na cerimônia de posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da ministra Rosa Weber, na noite desta terça-feira, um dia antes do prazo final para o pedido de registro de candidaturas.

Nesta quarta-feira (15), o PT pretende entregar ao TSE o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, Lula se enquadra nos critérios da Lei da Ficha Limpa que o impedem de ser candidato. Mas o PT pretende apresentar recursos a diversas instâncias da Justiça para tentar reverter a inelegibilidade do ex-presidente.

Em sua fala, Raquel Dodge disse que a Justiça Eleitoral deve trabalhar para que o eleitor saiba o quanto antes quem são os candidatos de fato autorizados a concorrer.

"É tarefa da Justiça Eleitoral anunciar ao eleitor, o quanto antes e com segurança jurídica, quem são os reais concorrentes, ou seja, os que têm capacidade eleitoral passiva e podem ser votados segundo a lei vigente", disse Dodge.

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