Sócios da Coco Bambu e fundador da Tecnisa doam R$ 70 mil para Bolsonaro
Do UOL, no Rio
-
Pedro Ladeira/Folhapress
Somados, os donos da rede de restaurantes Coco Bambu, Eugênio Veras Vieira e Afrânio Barreira Filho, e o fundador da Tecnisa Engenharia, Meyer Joseph Nigri, doaram R$ 70 mil para a campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). As contribuições foram declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O presidenciável, que não faz uso do fundo público eleitoral, também recebeu doação de R$ 30 mil de Takashi Nishimura, presidente do Instituto Movement, fabricante de equipamentos do ramo fitness, mesmo valor doado por Nigri.
Bolsonaro não havia arrecadado recursos com grandes empresários até a semana passada, quando a dupla de sócios da Coco Bambu doou, juntos, R$ 40 mil. A arrecadação do candidato do PSL restringia-se a pequenas e médias doações de pessoa física --a maioria proveniente de financiamento coletivo na internet.
Até o momento, Bolsonaro arrecadou pouco mais de R$ 998 mil, dos quais R$ 542 mil foram doados por meio de vaquinha virtual.
Donos da Centauro e da Havan também apoiam candidato
Há ainda empresários famosos que não contribuíram financeiramente com a campanha, mas já declararam apoio a Bolsonaro ou estão se empenhado em divulgar as ideias do presidenciável. Exemplo disso é Luciano Hang, fundador da Havan, rede varejista notabilizada pela decoração das fachadas de suas lojas --em que replica a Casa Branca e instala uma Estátua da Liberdade com dezenas de metros de altura.
Em 13 de setembro, Hang foi multado em R$ 10 mil por contratação irregular de impulsionamento de propaganda eleitoral na internet a fim de promover a candidatura de Bolsonaro. O empresário havia pago ao Facebook para impulsionar conteúdo favorável ao candidato do PSL.
Quem também já declarou apoio público a Bolsonaro é Sebastião Bonfim Filho, dono da Centauro. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", o empresário declarou que a vitória do candidato é a chance de romper com "o modelo que está aí". "Sem dúvida nenhuma vou sofrer discriminação. Levarei pedrada, mas paciência", ponderou.
Bolsonaro chegou a flertar com o apoio de outros megaempresários, como Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e Salim Mattar, sócio da Localiza. Ambos, no então, declararam abertamente apoio ao candidato do PSL. Em entrevista ao "Estado de S.Paulo", Mattar declarou que votaria em João Amoêdo (Novo).
Boletim médico do dia
Bolsonaro permanece internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e tem boa evolução clínica. Boletim médico divulgado nesta terça-feira (25) aponta que ele está sem dores e febre, além de outros sinais de infecção.
"Não tem disfunções orgânicas e os exames laboratoriais estão estáveis. Iniciou hoje com dieta branda, com boa aceitação", informou o hospital na tarde de hoje, sem entrar em detalhes sobre as refeições cedidas ao candidato.
Pela manhã, Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do candidato, retuitou um vídeo que mostra Bolsonaro tomando seu primeiro café da manhã desde o dia que sofreu o ataque.
Bolsonaro Felizão tomando o seu primeiro café da manhã após o atentado, é o melhor vídeo que você verá hj na internet pic.twitter.com/
— BOLSONARO OPRESSOR (@Bopressor20) 25 de setembro de 2018
"Estão sendo mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa, sendo realizados exercícios respiratórios de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto", complementou.
O boletim foi assinado por Antônio Luiz Macedo, cirurgião; Leandro Echenique, clínico e cardiologista; e Miguel Cendoroglo, diretor superintendente do hospital.
No meio da tarde, Bolsonaro recebeu a visita do pastor e deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP). No quarto, ele tirou uma foto e gravou um vídeo ao lado do parlamentar, que se disse "irmão gêmeo" do presidenciável na Câmara.
Segundo Feliciano, o candidato ao Palácio do Planalto está pronto para ter alta e só não deixará o hospital até sexta-feira (28) se houver "excesso de zelo" por parte dos médicos.
Bolsonaro foi atacado por Adélio Bispo, armado com uma faca, durante agenda de campanha no centro de Juiz de Fora, em Minas Gerais, em 6 de setembro deste ano. Desde então, passou por duas cirurgias e está internado. A família diz que ele deve receber alta nesta sexta-feira (28).
A Polícia Federal abriu, na manhã de hoje, o segundo inquérito para investigar o ataque. O delegado regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Rodrigo Morais, afirma que vai apurar a eventual participação de uma organização criminosa na autoria do crime.
Líder nas intenções de voto
Com 28% das intenções de voto, Bolsonaro é o líder da pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24). Fernando Haddad (PT) está isolado em segundo lugar, com 22%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em hipótese de segundo turno, a pesquisa apontou que Bolsonaro perderia para Haddad, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Ele estaria em empate técnico com Marina Silva (Rede).
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Que candidato a presidente 'bateu' e 'apanhou' mais nas redes sociais?
- Ibope aponta queda de Bolsonaro no Sul, em meio a crescimento de Haddad
-
- Bolsonaro evolui e inicia "dieta branda" e recebe deputado no hospital
- 'Vou de Bolsonaro', diz dono da Centauro
- Ibope: Bolsonaro perde de Haddad, Ciro e Alckmin em simulações de 2º turno
- Bolsonaro diz que sofreu "atentado político" e deve deixar campanha na rua