Análise: "Nova direita" se alimenta de informações falsas

Do UOL, em São Paulo

A "nova direita", representada no Brasil pelo candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), faz uso de informações falsas para se promover, de acordo com Cláudio Couto, cientista político. "Esse tipo de figura, esse político que parece um meme, dessa coisa fragmentária e que se alimenta também dessa difusão de informações não comprováveis, depois vistas como falsas, mas que são um pouco como folhas jogadas ao vento, que você nunca mais consegue recuperar. Isso vai produzindo um efeito, uma mudança de clima na sociedade que favorece esse perfil de candidato".

O especialista compara a campanha do candidato do PSL à do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Essa nova direita é uma nova direita que se alimenta muito disso. Não é à toa que o Stevie Bannon, que foi o assessor do Trump e que trabalha justamente com esse tipo de difusão de informação, de fake news, de notícias exageradas, de criação de pânico moral na sociedade, ele assessorou o Bolsonaro agora. Isso certamente teve efeito na eleição."

O blogueiro do UOL Mauricio Stycer concorda que o alcance das notícias falsas beneficia Bolsonaro. "Uma divulgação da Agência Lupa mediu as dez notícias falsas mais compartilhadas durante a eleição. Dessas dez, nove beneficiam Bolsonaro ou candidatos dele."

Josias de Souza, colunista político do UOL, lembrou que o candidato fez sua campanha, principalmente, nas redes sociais e via mensagens de WhatsApp.

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