"Nem PT, nem Bolsonaro", diz FHC sobre apoio no segundo turno

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

  • Lucas Borges - 7.out.2018/UOL

    Fernando Henrique Cardoso (PSDB) vota na região central de São Paulo

    Fernando Henrique Cardoso (PSDB) vota na região central de São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) desmentiu nesta segunda-feira (8) por meio das redes sociais que apoiará o candidato do PT, Fernando Haddad. Ele afirmou que "nem PT, nem Bolsonaro explicitaram compromisso com o que creio", e finalizou a publicação se perguntando por que deveria se pronunciar sobre candidaturas que "ou são contra ou não se definem sobre temas que prezo para o país e o povo". Haddad disputa o segundo turno à Presidência com Jair Bolsonaro (PSL).

O candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, conquistou pouco menos de 5% dos votos válidos na disputa ao Planalto e ficou em quarto no primeiro turno das eleições, atrás de Bolsonaro, Haddad e Ciro Gomes (PDT). FHC declarou seu voto a Alckmin, mas disse não ser operador político. "Vocês sabem o que eu acho, o que eu penso. Se as pessoas não querem, vou fazer o quê?", disse ao UOL ao votar no domingo (7) para presidente.

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Cardoso disse ainda que tanto Haddad quanto Bolsonaro devem apresentar propostas. "Não concordo com o reacionarismo cultural e o descompromisso institucional de uns vitoriosos e tampouco com a corrupção sistêmica e com apoio ao arbítrio na Venezuela e em outros países", disse.

O ex-presidente afirmou ontem que o discurso "extremista" não deve vingar e comparou o momento atual ao governo Itamar Franco, de quem foi ministro da Fazenda. "Você precisa explicar ao povo do que se trata [o processo democrático]. Se você não explicar ao povo, o Congresso dá as cartas e aí é uma dificuldade", declarou FHC. "Gente que não é democrata está cheio para todo lado, mas eu não acredito [que este discurso prevalecerá]."

Ontem, FHC tinha usado a rede social para afirmar que votou em seus correligionários do PSDB e propor um debate "sem demagogia e sem sectarismo". "Votei nos candidatos do PSDB. Daqui por diante o importante é obedecer a Constituição e buscar explicar ao povo o que cada um pensa e como será possível fazer. Sem demagogia nem sectarismo", escreveu. "Não sou operador político. Digo o que penso e respeito as diferenças."

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