Metade dos nordestinos não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum, diz Ibope

Luiz Alberto Gomes

Do UOL, em São Paulo

  • JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (15) mostra que um a cada dois nordestinos diz que não votaria em Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência de jeito nenhum. Já Fernando Haddad (PT), que tem um dos seus melhores desempenhos na região, é rejeitado por 30% dos nordestinos.

A taxa de rejeição da pesquisa foi medida com a pergunta: "Para cada um dos candidatos a Presidente da República citados, gostaria que o(a) sr(a) dissesse qual destas frases melhor descreve a sua opinião sobre ele". O entrevistado então podia escolher entre "Com certeza votaria nele", "Poderia votar nele", "Não votaria nele de jeito nenhum", "Não o conhece o suficiente para opinar".

Entre os nordestinos, 49% disseram que não votariam em Bolsonaro, 28% disseram que com certeza votariam, e 7% poderiam votar. Outros 12% disseram não conhecer suficiente, e 3% não sabem. Já para Haddad, 43% disseram que com certeza votariam, 14% poderiam votar e 30% não votariam. Outros 10% não o conhecem o suficiente, e 3% não sabem.

No primeiro turno, Haddad recebeu mais votos que Bolsonaro nos noves estados da região, incluindo o Ceará, onde o ex-governador Ciro Gomes (PDT) ganhou com 40% dos votos. Apesar disso, o presidenciável do PSL foi bem nas capitais nordestinas e venceu o confronto direto com petista em seis cidades. Ele só perdeu em Salvador, São Luís e Teresina.

Em sua campanha eleitoral na TV e rádio desta segunda-feira (15), a campanha de Bolsonaro ressaltou que "nunca um adversário do petismo teve uma votação tão forte" no Nordeste.

Apesar dos 46% dos votos válidos recebidos no Brasil todo no primeiro turno, contra 29% ganhos do petista, Bolsonaro ainda enfrenta dificuldades para aumentar seus palanques no Nordeste e tem sinalizado propostas específicas para o eleitor da região. Ele ganhou seu primeiro apoio na região de Carlos Eduardo (PDT) na última sexta-feira (12). O ex-prefeito de Natal disputa no segundo turno o governo do Rio Grande do Norte contra a petista Fátima Bezerra.

Além do Nordeste, a taxa de rejeição de Bolsonaro também aparece alta entre outras faixas de eleitores onde o PT concentra mais força. Para quem tem até um salário mínimo de renda familiar, o pesselista é rejeitado por 43%. Entre aqueles que estudaram até a 4ª série do ensino fundamental, 41% dizem que não votariam no candidato do PSL.

No quadro geral da primeira pesquisa Ibope do segundo turno, Haddad é mais rejeitado que Bolsonaro, com 47% contra 35%. Entre as intenções de voto, o militar da reserva aparece com 59% dos votos válidos, enquanto o petista tem 41%. Os votos válidos não levam em conta brancos, nulos e indecisos e são aqueles considerados pela Justiça Eleitoral para determinar o vencedor de uma eleição.

O Ibope ouviu 2.506 entrevistados em todo o Brasil e foi feito entre os dias 13 e 14 de outubro. O levantamento foi contratado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e pela TV Globo, e foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01112/2018. 

O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%. Segundo o Ibope, isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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