Eleições 2018

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O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, disse que não pretende aproveitar o "alto escalão do governo Temer" em um eventual governo seu. Para ele, quem está com Michel Temer (MDB) trabalha com uma agenda "completamente antissocial".

Neste sábado (20), seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) não descartou usar membros da equipe de Temer em seu governo.

Haddad esteve neste sábado em Juazeiro do Norte (CE), onde visitou o complexo em homenagem a Padre Cícero. Ele fez a declaração acompanhado do governador reeleito do estado, Camilo Santana (PT).

"O alto escalão do governo Temer tem que ser substituído. O que o Bolsonaro vai fazer, de seguir a agenda do Temer, eu vou fazer exatamente o contrário", disse.

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Para ele, o povo repudiou a agenda de Temer e quer "coisa nova no lugar". Haddad, porém, continua sem anunciar nomes de um eventual ministério seu.

Haddad voltou a ligar Bolsonaro ă elite brasileira, dizendo que sua agenda é "entreguista". "Então eu estou lutando com forças muito poderosas. E sozinho."

O petista citou a denúncia da Folha sobre a compra de disparos de mensagens contra o PT. "A elite não está comigo. A elite está fazendo caixa 2 para beneficiá-lo", afirmou.

Haddad diz que, "com fraude e caixa 2, fica fácil ganhar". "E nem assim ele vai ganhar".

O candidato petista também contou que terá uma reunião com representantes da OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre o tema e criticou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que indicou não querer criar "marola". "Eles (apoiadores de Bolsonaro) vão fraudar a eleição. Não pode. Gente que não é conhecida eleita com recorde de votos."