Sem citar Haddad ou Bolsonaro, Ciro pede voto 'contra a intolerância'

Do UOL, em São Paulo

Terceiro colocado no primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) não se posicionou oficialmente para o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ao fazer seu comentário sobre as eleições neste sábado (27). O candidato pediu apenas que os brasileiros votem "com a democracia, contra a intolerância e pelo pluralismo".

Haddad e o PT esperavam um apoio oficial de Ciro, forte crítico de Bolsonaro durante todo o primeiro turno e com parte do eleitorado simpático à esquerda, mas o pedetista evitou se posicionar na votação final e indicou ter críticas a fazer aos petistas. "Se não posso ajudar, atrapalhar é o que eu não quero", disse ele, em um vídeo de dois minutos publicado em seu perfil no Facebook.

"Que as pessoas possam votar amanhã compreendendo a necessidade de votar com a democracia, contra a intolerância, pelo pluralismo, mas ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias", disse Ciro.

"Claro que todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha, mas não quero fazer isso por uma razão prática que eu não quero dizer agora, pois se não posso ajudar, atrapalhar é o que eu não quero."

Ciro pediu a construção, após o segundo turno, de "um movimento que, por um lado, proteja a democracia brasileira, e do outro lado proteja nossa sociedade mais pobre dos avanços contra os direitos". "Que se protejam os interesses nacionais contra a cobiça estrangeira. Tudo isso está armado nesse debate, é uma coisa que eu avisei", declarou.

"Estou cumprindo minha obrigação que minha consciência me indica: a necessidade de preservar um caminho para que a população brasileira, amanhã, possa ter uma referência para enfrentar os dias terríveis que estão se aproximando. Nada de medo, não será com medo que vamos enfrentar o que é que venha por aí", concluiu.

Haddad previa ganhar "3 ou 4 pontos" com apoio de Ciro

Na sexta-feira, em carreata em Salvador, Haddad afirmou que poderia ganhar de 3 a 4 pontos se conquistasse o apoio de Ciro. Até então, o PDT, partido do terceiro colocado, havia manifestado "apoio crítico" à candidatura petista no segundo turno.

Ciro, por sua vez, disse "ele não" na noite da votação do primeiro turno, após a definição do duelo entre Haddad e Bolsonaro, mas não voltou a se manifestar contra o candidato do PSL.

Na manhã deste sábado, Haddad voltou a ser questionado sobre o apoio de Ciro durante carreata em São Paulo, mas desconversou e preferiu repercutir a manifestação de apoio do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa a sua candidatura.

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