Gritos anti-PT e euforia: Rio tem festa após eleição de Bolsonaro

Gustavo Maia, Hanrrikson de Andrade, Marcela Lemos e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio

Após a confirmação da eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República neste domingo (28), dezenas de eleitores reuniram-se em frente ao condomínio onde o capitão da reserva vive com sua família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em clima de euforia, com gritos de comemoração. "Mito!", gritavam em coro.

Muitos militantes choram e bradam gritos de repúdio ao PT, partido de Fernando Haddad, candidato derrotado.

Um grupo de apoiadores do Bolsonaro exibe bandeira de homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador na época da ditadura militar (1964-1985), e também grita o nome do coronel.

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Às 19h, quando a pesquisa boca de urna do Ibope foi divulgada, apontando 56% para Bolsonaro e 44% para Haddad, um apoiador de Bolsonaro comemorou efusivamente no lobby de um hotel de luxo que serviu como quartel-general para a campanha do presidente eleito no segundo turno, na orla da Barra da Tijuca.

Olhando para um celular que gravava um vídeo, ele gritou "petralhada, vai tudo para a Ponta da Praia".

Questionado pela reportagem sobre o que quis dizer ao citar "a Ponta da Praia", o homem sorriu e afirmou que não sabia e estava ocupado. "Depois eu te explico", disse, dando as costas e olhando para a televisão. Em seguida, ignorou o repórter ao ser indagado qual o seu nome.

Um homem de cerca de 50 anos se virou e perguntou a um amigo: "Amanhã já pode andar armado?".

A orla da Barra da Tijuca está fechada pela CET Rio e o policiamento está reforçado na região.

Eleitores de Jair Bolsonaro tomam a Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, onde mora o presidente eleito. O local está tomado com bandeiras do Brasil e grupos vestidos de verde e amarelo. Nas sacadas dos prédios bandeiras do Brasil também são erguidas. Sob o som de música e fogos de artifício,  eles gritam "a nossa bandeira jamais será vermelha", em referência ao PT.

Na comemoração, houve também ataques à imprensa. Um assessor de Jair Bolsonaro na Câmara enviou uma mensagem para vários jornalistas criticando a imprensa. "UÉ.... não tava quase empatado? Vocês são o maior engodo do Jornalismo do Brasil!!!! LIXO", disse o assessor Carlos Eduardo Guimarães.

O clima na Barra da Tijuca é de Réveillon. Um trio elétrico anima os eleitores. Vendedores ambulantes vendem  bonecos do ex-presidente Lula vestido de presidiário. "Hoje deixarei de chama-lo de capitão e chamarei de presidente da República.

Um dos filhos do presidente eleito, o deputado Eduardo Bolsonaro discursou do lado de fora, e depois voltou para a entrada do condomínio pelo meio da multidão. A PM precisou abrir caminho para que ele pudesse passar.

Enquanto isso, Bolsonaro está dentro de sua casa reunido com aliados como general Heleno, Gustavo Bebianno (presidente do PSL), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o senador Magno Malta (PR-ES), o deputado eleito Alexandre Frota (PSL-RJ) e o vice-presidente do PSL, Julian Lemos. Ele fez uma live pelo Facebook e, em seguida, uma transmissão ao vivo pela TV.

Por volta das 19h40, o pronunciamento de Bolsonaro, que acompanhou a apuração em casa ao lado de familiares e apoiadores, foi transmitido por meio de um telão instalado no entorno do condomínio. As palavras do novo presidente do Brasil foram acompanhadas pela multidão do lado de fora da propriedade.

Também houve comemoração em cidades como São Paulo, na avenida Paulista, e Brasília, em frente ao Congresso Nacional.

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