PSL elege três governadores, dois com "virada" no 2º turno

Do UOL, em São Paulo

  • Arte/UOL

    Antonio Denarium (esq.), Comandante Moisés (centro) e Coronel Marcos Rocha (esq.)

    Antonio Denarium (esq.), Comandante Moisés (centro) e Coronel Marcos Rocha (esq.)

Partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, o PSL elegeu três governadores no segundo turno: Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, Antonio Denarium, em Roraima, e Comandante Moisés, em Santa Catarina. Até 2014, a sigla não tinha chefiado o Executivo em nenhum estado.

Também naquele ano, seu único parlamentar eleito foi o deputado federal José Maria Macedo Júnior, que saiu do partido em 2015.

Em Rondônia, o PSL havia terminado o primeiro turno em segundo lugar, mas houve uma virada entre os dois concorrentes. O tucano Expedito Júnior liderou no pleito anterior, com 31,59% dos votos, enquanto Coronel Marcos Rocha tinha 23,99%. Neste domingo, o militar foi eleito.

O mesmo aconteceu em Santa Catarina. Em um primeiro turno apertado, Gelson  Merísio (PSD) tinha 31,12% dos votos, enquanto Comandante Moisés tinha um pouco menos, 29,72%. O comandante foi eleito no 2º turno.

Já Antonio Denarium confirmou favoritismo em Roraima. Eleito no segundo turno, ele já havia registrado 42,47% dos votos no primeiro turno, enquanto Anchieta (PSDB) tinha 38,78%.

Bancada parlamentar cresce exponencialmente

O PSL também teve um aumento representativo no Congresso. Passou de um eleito há quatro anos para 52 deputados federais, a segunda maior bancada na Câmara --só perde para o PT, com 56. Além disso, conseguiu ocupar o Senado com quatro nomes: Juíza Selma Arruda (24,6%), em Mato Grosso, Soraya Thronicke (16,1%), em Mato Grosso do Sul, além de dois dos mais votados do Brasil: Flávio Bolsonaro (31,6%), com 4,2 milhões de votos no Rio de Janeiro, e Major Olímpio (25,81%), escolha de 8,8 milhões de eleitores em São Paulo.

O Rio de Janeiro foi o estado que mais elegeu deputados do partido, 12 no total, seguido por São Paulo, com 10. Aparecem na sequência Minas Gerais (6), Santa Catarina (4), Rio Grande do Sul (3), Paraná  (3), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (2), Amazonas (1), Bahia (1), Ceará (1), Espírito Santo (1), Mato Grosso (1), Paraíba (1), Pernambuco (1), Rio Grande do Norte (1), Rondônia (1) e Roraima (1).

Bolsonaro trouxe deputados e filiados

A filiação de Jair Bolsonaro ao PSL, em agosto, ampliou o partido. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a legenda tem hoje 241.439 membros, dos quais 13,6 mil filiações foram feitas só no primeiro semestre deste ano. O número é bem maior do que os 3.000 novos filiados do PT, o segundo colocado com mais adesões no mesmo período.

Apesar da saída de seu único deputado eleito, o PSL aproveitou a janela partidária, em março, e atraiu nove deputados depois da chegada de Bolsonaro. Também lançou 480 candidatos à Câmara neste ano, ou 5,7% do total, de acordo com o TSE. Ficou atrás apenas do PSOL, com 532 nomes.

Sob a liderança do capitão da reserva, o PSL manteve seu perfil econômico liberal, mas passou a se denominar um conservador nos costumes. Já se declaravam favoráveis à legalização do porte de armas de fogo e contra o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também possui uma ala monarquista, encabeçada pelo príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, que foi eleito deputado federal em São Paulo.

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