Bolsonaro descarta ser "Jairzinho paz e amor" em eventual 2º turno

Filipe Strazzer

Porto Alegre

  • OMAR DE OLIVEIRA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

    29.ago.2018 - Jair Bolsonaro veste boina do Exército durante campanha em Esteio (RS)

    29.ago.2018 - Jair Bolsonaro veste boina do Exército durante campanha em Esteio (RS)

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou em evento realizado na tarde desta quarta-feira (29) que não terá como estratégia se chegar ao segundo turno ser "Jairzinho paz e amor". O candidato também disse que o Brasil está "cansado do politicamente correto". Bolsonaro rebateu as críticas à sua participação no "Jornal Nacional", da TV Globo, na noite de terça, e criticou Marina Silva e a chapa Alckmin/Ana Amélia.

O candidato esteve no painel "Brasil de Ideias", promovido pela revista Voto, com a presença de empresários e políticos, em Porto Alegre. À imprensa, Bolsonaro comentou sua entrevista ao JN e afirmou que ela "quase que garantiu sua presença no segundo turno". "A entrevista me deu uma exposição enorme, já que não vou ter tempo de TV", disse o candidato, que terá apenas 8s no horário eleitoral gratuito, que começa neste sábado (1º) para os candidatos à Presidência.

Perguntado pela organização do evento sobre qual seria sua estratégia para o segundo turno que ele diz estar "quase garantido", Bolsonaro criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não vou ser o Jairzinho paz e amor. As cartas estão na mesa. O FHC reiterou que num possível segundo turno, se aliaria ao PT", disparou.

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Bolsonaro lidera as pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas na semana passada, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que tem sua candidatura questionada no TSE.

O candidato do PSL cobrou "posição" de Marina Silva (Rede) acerca de assuntos polêmicos, como o aborto e o porte de armas. "Ela deu uma entrevista em março e foi perguntada se já tinha sofrido alguma violência sexual na infância. Ela falou que não, porque 'eu e minhas irmãs menores tínhamos uma espingarda'. Ela mudou de ideia, ela é evangélica, ela tem que ter posição em alguns assuntos", afirmou.

Perguntado sobre fala de Geraldo Alckmin (PSDB), que chamou a candidatura de Bolsonaro de "inviável" e disse que o deputado federal "perderia para qualquer um no segundo turno", o candidato do PSL ironizou. "Ele podia ficar tranquilo já que não vou chegar a lugar nenhum". Bolsonaro também afirmou que "tem respeito" por Ana Amélia (PP), candidata a vice na chapa de Alckmin e que é senadora pelo Rio Grande do Sul, Estado visitado por Bolsonaro nesta quarta, mas que ela se "desgastou ao ir ao Centrão". "Parece que ela perdeu muito aqui no RS, que ela foi na contramão do que ela pregou", disse.

Sobre a polêmica acerca do livro "Aparelho sexual e cia", o candidato afirmou que o MEC "mente". "São uns canalhas. Esses livros peguei em bibliotecas no Vale do Ribeira", disse mostrando o livro aos presentes.

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