Haddad diz que conversará com quem mudar posição sobre impeachment de Dilma

Circe Bonatelli

Em São Paulo

  • Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

    Candidato do PT, Haddad fez campanha na avenida Paulista neste domingo (16)

    Candidato do PT, Haddad fez campanha na avenida Paulista neste domingo (16)

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, sinalizou intenção de se aproximar de mais partidos na formação de um evento governo, mas que espera deles uma revisão nas posições que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

"Todo mundo que estiver fazendo autocrítica em relação ao golpe de 2016 nós vamos ouvir. É um momento de ajuste de contas para o país", disse neste domingo (16) em conversa com jornalistas antes de iniciar uma caminhada pela avenida Paulista, em São Paulo.

"Tem muitas pessoas que apoiaram o golpe de 2016 e estão revendo sua posição em virtude do fracasso do governo de Michel Temer. O próprio PSDB já fez uma autocrítica de que não deveria ter participado do governo Temer. A autocrítica do PSDB é muito importante, pois isso constrói possibilidades de diálogo após as eleições", comentou.

Haddad disse ainda que o candidato do PDT, Ciro Gomes, já declarou que daria apoio ao PT em um eventual segundo turno. "Temos que construir uma plataforma comum."

Indulto a Lula

O petista evitou responder diretamente se, uma vez eleito, concederá indulto que garanta a liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. "O presidente Lula pediu, no momento do registro da sua candidatura, que seu processo fosse julgado com imparcialidade, conforme recomendação da Organização das Nações Unidas. Se até a ONU está pedindo um julgamento justo, é porque tem alguma razão", afirmou. "Os vícios do processo do Lula chamaram a atenção de chefes de Estado do mundo inteiro."

Em outras ocasiões, Haddad e a presidente do PT, senador Gleisi Hoffmann, afirmaram que Lula não quer o indulto.

No sábado, o governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Fernando Pimentel (PT), afirmou a líderes políticos e simpatizantes que tem certeza de que Haddad, se eleito, irá assinar em seu primeiro dia de governo um indulto para o ex-presidente Lula.

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