Empresário diz que crise pode desacelerar produção industrial de Manaus em 2009
A crise financeira internacional não tem, de imediato, nenhum impacto sobre o destino dos produtos fabricados em Manaus, na avaliação do diretor executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Ronaldo Mota. Ainda assim, ele considera que o mercado nacional já começa a ser influenciado por algumas dificuldades de crédito.
"Se observarmos mais atentamente, aqui e acolá já começa a ficar mais difícil obter crédito e quem vai sofrer o primeiro impacto é quem vende produtos mais caros e com financiamentos mais longos. Ainda não é não é o nosso caso, mas, se essa crise se prolongar, certamente vai nos atingir em cheio. A grande questão é saber como o mercado vai se comportar a partir de 2009", destacou.
Para Mota, caso a crise permaneça nos próximos três meses, um caminho possível para o Pólo Industrial de Manaus é a diminuição dos trabalhos nas linhas de produção.
"Até janeiro, nós teremos um retrato dessa crise, sabendo se ela vai se prolongar ou se vai acabar diante das medidas tomadas pelos seus respectivos governos. Se essa atual situação permanecer no início de 2009, é possível que tenhamos que desacelerar a produção a partir de janeiro", concluiu.
De acordo com Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o parque fabril da cidade reúne atualmente 550 empresas, responsáveis por aproximadamente 108 mil empregos diretos nas linhas de produção.
Outro lado da questão
A crise econômica mundial apresenta um lado positivo para as empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM). Segundo o coordenador-geral de Estudos Econômicos e Empresariais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), José Alberto Costa Machado, o aumento do dólar, um dos efeitos da crise, colocou a produção do pólo industrial num cenário de maior competitividade
Para Mota, caso a crise permaneça nos próximos três meses, um caminho possível para o Pólo Industrial de Manaus é a diminuição dos trabalhos nas linhas de produção.
"Até janeiro, nós teremos um retrato dessa crise, sabendo se ela vai se prolongar ou se vai acabar diante das medidas tomadas pelos seus respectivos governos. Se essa atual situação permanecer no início de 2009, é possível que tenhamos que desacelerar a produção a partir de janeiro", concluiu.
Em julho, as empresas do Pólo Industrial de Manaus tiveram faturamento acumulado no ano de US$ 17,860 bilhões, o que representou um aumento de 33,12% em comparação com o mesmo período de 2007. Já em agosto, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial do Amazonas registrou queda de 3,1% em relação ao mês anterior.
De acordo com Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o parque fabril da cidade reúne atualmente 550 empresas, responsáveis por aproximadamente 108 mil empregos diretos nas linhas de produção.
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