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Questionado sobre sua preferência entre Serra e Aécio, FHC diz que "alisa um e alisa outro"

Rayder Bragon<br/> Especial para o UOL Notícias<br/> Em Belo Horizonte

02/12/2008 12h44

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse nesta manhã, antes de proferir uma palestra durante evento em Belo Horizonte, Minas Gerais, que o PSDB tem bons nomes para a disputa das eleições de 2010 e apesar de não revelar a sua preferência, teceu elogios ao governador de Minas Aécio Neves.

"O PSDB tem mais de um candidato, eu estou ao lado de um. Agora, ela (repórter) disse que eu aliso mais o governador de São Paulo, eu aliso mais o de Minas. Eu vivo alisando um e outro. Eu sempre que aliso um, eu aliso o outro", disse FHC. "O dois são excelentes e não está na hora ainda de definições. Ninguém pode negar que o Aécio está fazendo um governo excepcional", disse.

O ex-presidente também garantiu ser favorável à existência de prévias dentro do partido e considerou "fora de propósito" o assédio do PMDB sobre o governador mineiro para que Aécio Neves saia candidato pela legenda peemedebista em 2010.

O governador Aécio Neves disse ter conversado Fernando Henriquesobre diversos assuntos, mas o tema predominante foi mesmo a política. Aécio é um dos cotados a ser indicado pelo PSDB para concorrer ao pleito de 2010. O governador mineiro voltou a defender prévias no partido, se não houver consenso em torno de um nome, e a construção de um projeto de governo do partido, que deverá preceder a escolha do candidato tucano.

"Antes da definição de quem seja o candidato, é importante para o PSDB, ou a coligação que vai conduzir essa campanha, é importante o PSDB definir as linhas centrais do seu projeto para o país", disse.

Sobre a disputa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), Aécio disse que "o partido tem caminhos". "Eu tenho dito que um deles é a prévia partidária, nós não devemos temê-la. A prévia é um instrumento, inclusive, de mobilização do partido. Agora, ela só existe a partir do momento que existe mais de um postulante. Eu acho que regulamentá-las é algo positivo e utilizá-las se houver a necessidade, se houver o entendimento, certamente elas não serão utilizadas", avaliou.