Toninho do PT morreu porque atrapalhou fuga de quadrilha, diz versão da polícia
Memória
Dez anos após o assassinato do ex-prefeito de Campinas (93 km de São Paulo) Antonio da Costa Santos, o “Toninho do PT”, a família dele prepara uma denúncia à OEA (Organização dos Estados Americanos) por “omissão do Estado brasileiro” na apuração do crime, ocorrido em 10 de setembro de 2001.
Na versão da Polícia Civil (que consta no inquérito concluído em 2002), o ex-prefeito foi morto porque atrapalhou a fuga da quadrilha do criminoso Wanderson Nilton de Paula Lima, o "Andinho," que estava em um Vectra prata.
Dos quatro integrantes da quadrilha, apenas Andinho está vivo. Em depoimento à Justiça no curso do processo, ele negou envolvimento no crime. Condenado a mais de 200 anos de prisão por vários crimes, o criminoso está preso na penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau (611 km de São Paulo), no oeste do Estado.
Os outros quatro acusados pela morte e integrantes da quadrilha de Andinho foram mortos em duas ações policiais - uma ocorrida em Itu (101 km de São Paulo) e outra em Caraguatatuba (173 km de São Paulo).
Para o Ministério Público do Estado, Andinho e sua quadrilha atiraram no prefeito. Os promotores, no entanto, não estabeleceram a motivação do crime. Em setembro de 2007, o juiz do caso, José Henrique Torres, decidiu - alegando falta de indícios - não aceitar a denúncia contra Andinho como coautor do crime.
O Ministério Público recorreu no Tribunal de Justiça contra a decisão de Torres, mas três desembargadores do tribunal mantiveram a medida tomada em 1ª instância. O caso então retornou para as mãos de Torres, que encaminhou os 40 volumes do processo à Polícia Civil para as novas investigações.
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