Para presidente da Câmara, reclamação do PMDB é "tensão pré-eleitoral"
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), tratou com naturalidade a manifestação do maior partido da base aliada, o PMDB, que pediu mais espaço no governo. Um grupo de peemedebistas afirmou que entregará nesta semana um manifesto à cúpula do partido e ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP).
Para Maia, o caso é uma “TPE – tensão pré-eleitoral”. “Acho que é natural esse clima de disputa principalmente nesse momento, que é momento pré-eleitoral. Estamos vivendo uma ‘TPE’, tensão pré-eleitoral. Temos um grau, um nível de disputa muito forte com o PMDB. É natural essa tensão pré-eleitoral. Vamos disputar onde tem que disputar e fazer alianças onde tem que ser feitas alianças”, afirmou o deputado.
“O PMDB tem todo direito de se queixar, tem todo direito de refletir sobre sua participação no governo. Tem os mesmos direitos que o PT tem, de buscar espaços no governo da presidente Dilma. Nada mais adequado do que fazê-lo no momento que entender que é necessário fazê-lo”, completou.
Na avaliação de Maia, as críticas do PMDB não devem estremecer o futuro das relações do PT e do PMDB –legenda aliada do governo petista desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós amadurecemos o suficiente para saber que esse debate faz parte do momento político, se coloca em situações que, às vezes, levam a uma reflexão e aprofundamento das relações entre os dois partidos.”
O PMDB reage à possibilidade de perder para os petistas a maioria das prefeituras do país nas eleições de outubro e também reivindica ao comando do partido mais participação nas ações de governo, como inaugurações e ações nas cidades onde o contato direto com o eleitorado é maior.
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