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Governo do Maranhão classifica morte de jornalista de "ação bárbara e cruel"

Luciana Lima

Da Agência Brasil, em Brasília

24/04/2012 11h26

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O governo do Maranhão lamentou o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em São Luís na noite de ontem (23) e, por meio de nota, classificou o crime de "ação bárbara e cruel". Décio mantinha um blog e era repórter da editoria de polícia no jornal O Estado do Maranhão, pertencente à família do presidente do Senado, José Sarney. Na nota, o governo informa que está tomando todas as providências para chegar ao mandante do crime.

"O governo do Estado lamenta o ocorrido e repudia a ação bárbara e cruel, tendo tomado todas as providências para a prisão dos assassinos. Peritos do Instituto Médico-Legal (IML) estão no local. Homens da Superintendência de Investigações Criminais e da Delegacia de Homicídios já iniciaram as averiguações para prender os criminosos."

A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou também, na nota, que o jornalista foi morto com tiros à queima-roupa e que ele estava sozinho na hora do crime. "Dois homens teriam chegado em uma moto, sendo que um deles entrou no estabelecimento e foi até o banheiro. Ao retornar, disparou os seis tiros no jornalista, pelas costas, sendo quatro na cabeça e dois na região do tórax. Décio Sá morreu na hora", informou a nota.

Execução

O jornalista estava jantando sozinho em um restaurante da avenida Litorânea, em São Luís, quando um homem se aproximou e disparou seis vezes, acertando quatro tiros na cabeça e dois nas costas. Ele morreu no local. Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão" --pertencente à família Sarney-- e escrevia em um blog famoso por informações de bastidores da política no Maranhão. Ele também trabalhou no jornal "O Imparcial" e chegou a ser correspondente da "Folha de S.Paulo" no final dos anos 90. O jornalista deixa mulher e um filho de 8 anos.