Após suspensão, Cabral volta atrás e libera pagamentos no Rio
Em nota oficial emitida nesta terça-feira (12), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), afirmou que "decidiu liberar os pagamentos das áreas da educação e da saúde no próximo dia 18 de março".
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Na semana passada, após a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei dos royalties pelo Congresso Nacional, Cabral havia suspendido os pagamentos. Sem os vetos de Dilma, os Estados não produtores devem receber quase R$ 9 bilhões a mais em royalties este ano em relação a 2011, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo têm perdas estimadas em mais de R$ 2 bilhões.
Haviam sido suspensos, no último dia 7, todos os pagamentos do Rio até que saia a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a ação que questiona a derrubada no Congresso do veto.
De acordo com a Secretaria Estadual de Fazenda do Rio, deixaram de ser pagos R$ 82 milhões --a previsão para o mês é de R$ 470 milhões, valor que não incorpora a folha de ativos e inativos (R$ 1,7 bilhão) e as transferências para municípios (R$ 922 milhões), a serem executados normalmente.
O que são royalties?
São um valor cobrado pelo proprietário de uma patente ou, ainda, por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço.
No caso do petróleo, os royalties são cobrados das concessionárias que o exploram, e o valor arrecadado fica com o poder público.
Ontem, a associação de docentes anunciou que o pagamento de 1.400 bolsas da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) não foi feito na última segunda-feira.
O Congresso Nacional derrubou os vetos da presidentes, que mantinham a regra de distribuição de royalties do petróleo entre os Estados e municípios para os contratos já existentes.
Dessa forma, as regiões produtoras, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, deverão ter perdas de receitas, uma vez que a lei original aprovada no Congresso no final do ano passado reduz os ganhos com royalties dos Estados e municípios produtores, nas áreas já licitadas, e eleva a fatia dos Estados e municípios não-produtores.
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