Primeira testemunha, jardineiro diz nunca ter visto brigas entre PC Farias e Suzana
Primeira testemunha do júri popular dos quatro acusados de participação na morte de Paulo César Farias e sua namorada Suzana Macolino, o jardineiro da casa de veraneio, Leonino Tenório Carvalho, afirmou que nunca ouviu discussões ou brigas entre o empresário e sua então companheira. “Pelo que eu saiba era um relacionamento normal. Nunca presenciei nenhuma briga, nem dela com PC, nem dela com os filhos ou irmãos. Ela não morava lá, ia só finais de semana”, disse.
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Segundo a defesa dos réus, o ciúme de Suzana --com constantes brigas-- e a iminência de uma separação teriam sido as causas do crime contra PC. Para o advogado dos réus, José Fragoso Cavalcanti, PC iria romper o relacionamento para iniciar uma outra relação, com Cláudia Dantas.
Carvalho contou ainda que, por volta das 11h da manhã do domingo, dia 23 de junho de 1996, eles foram chamar PC e perceberam um silêncio. Foi aí que forçaram a janela para ter acesso à casa.
“O acesso foi feito só pela janela. O Reinaldo [Correia de Lima Filho, um dos réus] foi até o corpo do doutor Paulo, viu que ele estava morto e disse: 'O que será da gente?' Ele saiu, reuniu todo mundo e tentou nos acalmar. O Reinaldo ligou para o Flávio [Almeida, tenente e chefe da segurança de PC Farias], e não conseguiu, mas informou ao doutor Augusto [Farias, irmão de PC] o que teria acontecido”, disse.
O jardineiro --que ainda trabalha para a família Farias-- disse que nunca recebeu pressão de parentes. “São pessoas excelentes, até hoje trabalho com eles.”
Queima do colchão
Um dos pontos questionados pelo juiz Maurício Breda foi a queima do colchão onde teria ocorrido o crime. “Queimei o colchão após uns três dias. Eu falei com o Flávio, que estava com mal cheiro. Aí eu perguntei ele, disse que tava podre, e ele ligou para não sei quem, e mandou fazer a limpeza e jogar fora. Peguei o colchão e meti fogo. Eu pensei que não ia incomodar”, afirmou.
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