Valdemar quer tratamento igual ao de Duda, diz defesa
Condenado a sete anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) quer receber do Supremo Tribunal Federal o mesmo tratamento que o publicitário Duda Mendonça, que também recebeu dinheiro do esquema, mas acabou absolvido pelo STF.
Para o advogado Nilo Batista, recentemente incorporado à defesa de Valdemar, o Supremo não levou em conta provas que poderiam ter beneficiado seu cliente e agiu diferentemente ao analisar o caso de Duda.
O STF concluiu que Duda fez um acordo com o PT na campanha eleitoral de 2002 e recebeu como pagamento dinheiro sem origem declarada, mas não incorreu em corrupção passiva ou lavagem de dinheiro. Como publicitário, tinha dívida a receber.
No caso de Valdemar, seu partido fez um acordo com o PT numa reunião em junho de 2002, que foi noticiada pela Folha, em que se decidiu que a legenda teria direito a compartilhar o caixa eleitoral com os petistas em troca do apoio à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro só foi repassado mais tarde, após a posse de Lula.
O argumento de Nilo Batista, em entrevista ao Poder e Política, programa da Folha e do UOL, é que há uma contradição entre o tratamento recebido por Valdemar do STF e o que Duda mereceu.
Íntegra da entrevista (42 min.)
O publicitário foi absolvido porque, para a maioria dos ministros do STF, ele não sabia da origem ilícita do dinheiro que recebeu e cumpriu todas as exigências legais da época ao movimentar os recursos no exterior.
Acesse a transcrição completa da entrevista.
A seguir, vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):
1) Quem é Nilo Batista? (1:24)
2) STF omitiu provas sobre Valdemar, diz Nilo Batista (2:20)
3) R$ 10 mi serviram para Alencar apoiar Lula, diz Nilo (2:08)
4) Se Duda é inocente, Valdemar é também, diz advogado (1:13)
5) STF deve confirmar se houve ou não acordo, diz Nilo (1:13)
6) Nilo: Se STF aceitar embargos, OEA é desnecessária (2:40)
7) Nilo: Joaquim não pode relatar embargos infringentes (1:24)
8) Na OAB, alguns tratam tortura como enólogos, diz Nilo (1:49)
9) PDT apoia política genocida no Rio, afirma Nilo (1:13)
10) Íntegra da entrevista: Nilo Batista (42:19)
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