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Defesa de José Dirceu pede ao STF prioridade na análise de trabalho externo

André Richter

Da Agência Brasil, em Brasília

02/04/2014 21h19

A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu nesta quarta-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) prioridade na análise de trabalho externo, feito à Justiça. Segundo a defesa, a tramitação rápida deve ser concedida, “por tratar-se de cidadão idoso”.

A análise do pedido foi suspensa devido a uma sindicância para apurar se Dirceu usou celular dentro do Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ele foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Na petição, os advogados destacam que a sindicância foi concluída e não consta que o ex-ministro tenha cometido falta disciplinar.  A defesa também lembrou que o Ministério Público do Distrito Federal deu parecer favorável ao pedido de trabalho fora da prisão.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada no dia 17 de janeiro, Dirceu conversou por telefone celular com James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia. De acordo com a matéria, a conversa se deu por intermédio de uma terceira pessoa que visitou Dirceu. Na ocasião, a defesa do ex-ministro negou que a conversa tenha ocorrido, mas a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal abriu processo administrativo para investigar o caso.

Dirceu recebeu proposta para trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília, atuando na pesquisa de jurisprudência de processos e ajudando na parte administrativa. A jornada de trabalho é das 8h às 18h, com uma hora de almoço. O salário é de R$ 2.100.