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CPI vai ouvir ex-deputados Vargas, Argôlo e Corrêa, presos pela Lava Jato

Os ex-deputados Luiz Argôlo (centro, de camisa verde) e André Vargas (atrás, de bege) ao serem presos em Curitiba  - Cassiano Rosário - 11.abr.2015/Futura Press/Estadão Conteúdo
Os ex-deputados Luiz Argôlo (centro, de camisa verde) e André Vargas (atrás, de bege) ao serem presos em Curitiba Imagem: Cassiano Rosário - 11.abr.2015/Futura Press/Estadão Conteúdo

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

07/05/2015 12h54

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (7) requerimentos para ouvir os ex-deputados Luiz Argôlo (BA, atualmente afastado do SD), André Vargas (sem partido-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE), que estão presos em Curitiba por suspeita de participação do esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato.

A comissão já tinha uma viagem prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (11) para interrogar os presos da operação que ainda permanecem em Curitiba. Mas para ouvir os presos é necessário a aprovação dos requerimentos, que foram apresentados com urgência para que eles pudessem realizar as oitivas.

Os ex-parlamentares foram presos em abril. Eles estão sendo investigados pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

Vargas é próximo do doleiro Alberto Youssef, apontado como o principal operador do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, e teve o mandato cassado em dezembro passado e foi expulso do PT pelas relações com o doleiro.

O ex-petista também é investigado por lavagem de dinheiro na compra da própria casa em Londrina, no interior do Paraná. O imóvel foi sequestrado por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Vargas declarou a compra do imóvel por R$ 500 mil, mas o vendedor, em sua declaração de rendimentos, declarou o negócio por R$ 980 mil, colocando o negócio sob suspeita.

Também foi aberto um processo por quebra de decoro contra Argôlo pelo mesmo motivo, mas a ação do Conselho de Ética não foi concluída antes do fim de seu mandato.

Corrêa é suspeito de receber propinas do esquema envolvendo a Petrobras. Ele já estava preso após condenação no julgamento do mensalão. Após novas suspeitas o ligando ao esquema descoberta pela Lava Jato, ele foi encaminhado para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.