CPI da Petrobras faz "visita técnica" à estatal e pede documentos
Uma comitiva de integrantes da CPI da Petrobras fez nesta segunda-feira (27) uma "visita técnica" à sede da estatal, no Rio de Janeiro, para ouvir explicações sobre como são organizados os processos levados ao Conselho de Administração e à Diretoria Executiva da empresa e sobre o balanço auditado da companhia, divulgado na última quarta-feira (22). Os nove deputados federais que compõem o grupo começaram a chegaram ao local por volta das 10h e a reunião terminou no início da tarde. Eles também pediram documentos à estatal.
O requerimento para a realização da visita foi protocolado pelo deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que é o 1º vice-presidente da comissão. Além dele, estão na Petrobras o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB); e demais integrantes: Kaio Maniçoba (PHS-PE); Luiz Sérgio (PT-RJ); Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); Bruno Covas (PSDB-SP); Altineu Côrtes (PR-RJ); Celso Pansera (PMDB-RJ); e Otavio Leite (PSDB-RJ).
Leite, que é sub-relator da CPI, afirmou que os parlamentares iriam se reunir com o presidente da estatal, Aldemir Bendine, e sua diretoria. Ele disse ainda que a decisão de ir até o prédio da companhia visou acelerar as investigações e lembrou que os membros da comissão foram a Curitiba na semana passada, falar com o juiz Sergio Moro e vão até o canteiro de obras do Comperj, no Rio, e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, nos próximos dias. O deputado sugeriu ainda que uma nova auditoria, "externa e independente", seja feita no balanço auditado.
No entanto, no período da tarde, o deputado Bruno Covas (PSDB-SP), sub-relator da CPI, disse que Bendine não participou da visita por conta de uma "morte na família". Covas que os membros da comissão pediram documentos e esclarecimentos para ajudá-los a inquirir outros depoentes e para anexar ao relatório. Sobre o balanço, ele disse que não houve nada novo e declarou: "quem sou eu para questionar uma auditoria?".
Relator da CPI, o petista Luiz Sérgio, disse não achar necessária uma nova auditoria. "O que nós temos conhecimento é o que balaço já é auditado. Eu acho que não há nenhum dado para se colocar em dúvida", declarou. "Espero que a nova presidência possa nos relatar o que está fazendo para se recuperar e para evitar que no futuro ocorra o que ocorreu recentemente. Se já for uma página virada, vai ser muito bom para o país", complementou.
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