Justiça dá 180 dias para recuperação judicial da Mendes Júnior
A juíza da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, Patricia Santos Firmo, aceitou nesta quinta-feira (10) o pedido de recuperação judicial feito no início da semana pela Mendes Júnior Trading e Engenharia, a fim de quitar dívidas da empresa.
Pela decisão da juíza, a Mendes Júnior tem prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação à Justiça, sob pena de o juiz decretar a falência da companhia se isso não ocorrer.
Apresentado o plano da empresa, a Justiça irá determinar que ele se torne público para que os credores se manifestem. Assim, os credores terão 180 dias contados a partir do despacho da juíza para aprovar, ou não, o plano de recuperação judicial.
Se o plano também for acordado com a empresa sobre os prazos para os pagamentos e sobre a forma como isso vai ocorrer, a Justiça faz a sua homologação e a Mendes Júnior entra em processo de recuperação.
Caso a proposta não seja aprovada, a Justiça pode decretar a falência da empresa. Se a empresa desobedecer ao que foi acordado na assembleia de credores, também pode ser decretada a sua falência.
O UOL não conseguiu contato com representantes da Mendes Júnior na noite desta sexta-feira (11) para comentar a decisão da Justiça. No pedido feito à Justiça de recuperação, a empresa alegou que desde e 2014 sofre impactos por causa da situação econômica do país.
De acordo com o pedido à Justiça, a Mendes Junior “viu na recuperação judicial a opção adequada para reequilibrar sua situação econômica e financeira de modo a preservar os interesses dos credores, clientes, fornecedores, colaboradores e demais parceiros pela preservação da operação da companhia e continuidade de seus contratos”.
Envolvida na Operação Lava-Jato, executivos da construtora foram denunciados na 7ª fase da operação, deflagrada em novembro de 2014, que investigou irregularidades em contratos da Petrobras com empreiteiras.
Após o processo, a Justiça Federal condenou executivos da Mendes Júnior por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O ex-vice-presidente executivo da construtora, Sérgio Cunha Mendes, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão.
O valor da causa corresponde ao montante da dívida segundo a própria empresa. O débito, porém, pode ser contestado e alterado no curso da recuperação judicial.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.