Suplente de Delcídio diz que não votará impeachment na quarta-feira
Suplente do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o empresário Pedro Chaves (PSC-MS), afirmou que não vai votar na sessão do Senado que decide nesta quarta-feira (11) sobre a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Chaves vai assumir o cargo no Senado após a cassação do mandato de Delcídio ser decidida pelo voto de 74 senadores na noite desta terça.
À reportagem do UOL, Chaves afirmou que ainda não tem opinião definida sobre o processo contra a presidente Dilma.
Mas o fato relevante para que ele não vote a admissibilidade do impeachment no Senado, segundo o empresário, é a demora no cumprimento dos trâmites administrativos para que ele assuma a cadeira no Senado, o que deve ocorrer apenas na quinta-feira, segundo ele.
“Quero primeiro conhecer bem os autos”, disse Chaves. “Eu também não me sentiria confortável [de votar na quarta-feira]. Porque preciso me aprofundar no processo”, afirmou.
Nesta quarta, o Senado decide se abre processo contra Dilma e inicia de fato a fase de investigação do impeachment. Se aprovado em plenário, o ato marca o afastamento da presidente do cargo, por 180 dias ou até o fim do julgamento no Senado, e o ponto a partir do qual o vice, Michel Temer (PMDB), assume a Presidência interinamente.
Pedro Chaves afirmou que deve vir a Brasília na quinta-feira. Ele disse que após a decisão do Senado recebeu uma ligação do presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, que lhe deu os parabéns pelo futuro cargo, mas não entrou em detalhes sobre questões políticas.
O PSC tem adotado posição favorável ao impeachment, mas Chaves afirma que fará um julgamento independente da questão.
O suplente diz ter visto as notícias sobre as acusações contra Delcídio com “perplexidade”, e conta que mantinha um relacionamento “amistoso” mas não próximo com o ex-senador. Eles se conheceram por causa da atuação de Chaves no ramo da educação no Mato Grosso do Sul. Delcídio chegou a dar algumas palestras nas escolas do empresário.
“Óbvio que não gostaria que fosse nessas circunstâncias”, diz Chaves sobre o motivo que o levou ao Senado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.