"Servidores viveram clima de terror", diz ministro após depredação do MEC
O MEC (Ministério da Educação) foi invadido e depredado em Brasília (DF) nesta terça-feira (29) durante ato contra a PEC do Teto dos Gastos, segundo a assessoria de imprensa da pasta. O prédio do ministério teria sido invadido por um grupo de 50 a 100 pessoas, algumas delas encapuzadas, ainda de acordo com os assessores. O ministro Mendonça Filho (DEM), que estava em seu gabinete, condenou a ação.
Os servidores do MEC viveram clima de terror. Isso é inaceitável. Como democrata que sou, entendo o direito de protesto, mas de forma civilizada, respeitando o direito de ir e ir. O que vimos hoje foram atos de violência e vandalismo contra os servidores públicos e contra o patrimônio", Mendonça Filho
Os manifestantes colocaram fogo em pneus e em lixo, além de quebrarem portas de vidro de entradas do ministério, câmeras de segurança e caixas eletrônicos com barras de ferro e pedras, ainda segundo a assessoria. O ministério afirma que a polícia local relata também uso de coquetel molotov na ação.
O grupo chegou a ocupar o segundo andar do prédio, mas a polícia conseguiu evacuar o local e prender parte dos manifestantes --em contato com o UOL, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal ainda não estima número de detidos e feridos no ato.
De acordo com funcionário do prédio, o clima entre os servidores do MEC foi de "pânico geral".
O ato contra a PEC do Teto dos Gastos contava com ao menos 10 mil pessoas durante o início, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF. O movimento, concentrado no gramado na frente do congresso, começou às 16h (de Brasília) de forma pacífica.
Às 18h, contudo, a polícia passou a soltar bombas de efeito moral e utilizar spray de pimenta contra os manifestantes. A repressão policial fez o movimento recuar e deu início a atos de vandalismo --carros foram virados e incendiados, além de haver relatos de outros ministérios depredados, além do MEC.
PEC do Teto
A PEC do Teto vai limitar os gastos públicos pelos próximos 20 anos, inclusive em áreas sensíveis como educação e saúde. O projeto deve ser votado nesta terça-feira (29), em primeiro turno, no plenário do Senado.
Em 10 de outubro, a matéria foi aprovada em primeiro turno na Câmara, com 366 votos favoráveis, 111 contrários e mais duas abstenções. Quinze dias depois, a proposta passou por uma segunda votação, como determina a legislação, sendo novamente aprovada. Foram 359 votos a favor, 116 contra e duas abstenções. (Com Estadão Conteúdo)
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