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PSDB defende parlamentarismo para 2022, diz presidente do partido

09.ago.2017 - Ao lado do presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (e), o presidente interino do partido, Tasso Jereissati, comanda reunião da executiva nacional da sigla em Brasília - George Gianni/PSDB
09.ago.2017 - Ao lado do presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (e), o presidente interino do partido, Tasso Jereissati, comanda reunião da executiva nacional da sigla em Brasília Imagem: George Gianni/PSDB

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

09/08/2017 14h46Atualizada em 09/08/2017 17h05

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente interino do PSDB, afirmou nesta quarta-feira (9) que o partido vai defender a adoção do parlamentarismo a partir das eleições de 2022. Segundo Jereissati, os tucanos querem que nas eleições do próximo ano já seja implantado o voto distrital misto, como forma de transição para o parlamentarismo.

“Nós vamos levar o [voto] distrital misto para chegar ao parlamentarismo. O parlamentarismo não agora, não como solução de crise, mas o parlamentarismo para 2022”, disse Jereissati. O senador conversou com jornalistas no final da reunião da Executiva Nacional do partido, na sede do PSDB em Brasília.

No voto distrital misto, parte dos deputados federais é eleita por votos de todo o Estado e parte dos eleitos disputa votos apenas das regiões nas quais o Estado será dividido, os distritos.

Jereissati disse acreditar que a implantação do parlamentarismo não precisaria passar por um plebiscito, mas que essa opinião não é unânime no PSDB. “Na minha opinião, não [precisa]. Mas também aqui no partido alguns acham que precisa de um plebiscito”, afirmou.

O PSDB também vai apoiar, nas discussões da reforma política em andamento no Congresso, a cláusula de barreira e o fim das coligações partidárias já para as eleições de 2018, afirmou o dirigente tucano.

Sobre a forma de financiamento das próximas eleições, Jereissati disse que não há consenso no partido sobre a adoção de um fundo com dinheiro público para custear as campanhas. O senador disse que sua opinião pessoal é de que essa questão seja definida por meio de plebiscito.

A cláusula de barreira, se aprovada, passará a exigir que os partidos tenham uma votação mínima para ter acesso a tempo de propaganda eleitoral gratuita e aos recursos públicos do fundo partidário.

Já as coligações são as alianças partidárias que, entre outras finalidades, contam para definir o número de deputados federais. O senador conversou com jornalistas no final da reunião da Executiva Nacional do partido, na sede do PSDB em Brasília.

PSDB faz mea culpa

Pouco antes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado do PSDB, havia afirmado que o partido cometeu “equívocos” e que tenta agora uma “reconexão do PSDB com a sociedade”. Aécio fez a afirmação ao ser perguntado por jornalistas, na sede do partido em Brasília, sobre qual a intenção de veicular a propaganda partidária na TV com a mensagem “O PSDB errou”.

Aécio disse não saber quais seriam os erros do PSDB mencionados na propaganda partidária, pois não participou da elaboração do vídeo.

“Na verdade, eu não participei dessa elaboração. Na verdade, acho que é uma tentativa de reconexão do PSDB com a sociedade. Vamos aguardar o programa, vamos discutir ainda os textos que estão sendo propostos para o programa. Mas acho que é uma tentativa de comunicação de mostrar que além dos acertos, que nós tivemos e não foram poucos, certamente alguns equívocos o PSDB cometeu”, afirmou.