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Desfile no Rio tem aplausos a Bolsonaro e vaias para Crivella

Bolsonaro durante evento do 7 de Setembro, no Rio de Janeiro - J. Ricardo/Estadão Conteúdo
Bolsonaro durante evento do 7 de Setembro, no Rio de Janeiro Imagem: J. Ricardo/Estadão Conteúdo

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/09/2017 10h26Atualizada em 07/09/2017 14h34

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) acompanhou o desfile de 7 de setembro no Rio de Janeiro na tribuna de honra ao lado do prefeito da cidade, Marcelo Crivella (PRB), e do secretário estadual de segurança pública, Roberto Sá. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) não compareceu.

Em negociação com o PEN para concorrer à Presidência, Bolsonaro foi o único político a ser aplaudido durante o anúncio formal das autoridades. Já Crivella recebeu vaias de parte do público.

Segundo a última pesquisa Datafolha, Bolsonaro aparece na segunda colocação ao lado da ex-senadora Marina Silva (Rede) na corrida pelo Planalto. 

Na plateia, de cerca de 5 mil pessoas, chamava a atenção tanto a presença de cartazes pedindo a intervenção militar quando uma faixa com os dizeres "Imperador Dom Luiz, seu povo pede socorro", apoiando o retorno da monarquia. Em alguns momentos do desfile um grupo de aproximadamente 200 pessoas gritou "intervenção, intervenção".

Desfile 1 - Paula Bianchi/UOL - Paula Bianchi/UOL
Simpatizantes da monarquia durante desfile da Independência no Rio
Imagem: Paula Bianchi/UOL

Em frente ao local em que os militares desfilam há ainda uma faixa com os dizeres "os cariocas agradecem as forças de segurança por nos ajudarem a construir um Rio mais pacífico". Cerca de 10 mil militares reforçam a segurança do Estado desde o fim de julho.

Questionado se não via contradição em ser o principal candidato de grupos que pedem a intervenção militar, como parte do público que acompanhou o desfile no Rio, Bolsonaro disse que as pessoas exercitavam a sua liberdade de expressão e que eram elas, e não ele, que pedia o retorno dos militares.

Quanto a possível candidatura pelo PEN em 2018, reafirmou o "noivado" com o partido. "Sou apenas um deputado há dois anos andando pelo Brasil. Estamos noivos, a data a longo prazo [para decidir] é março."

Crivella não comentou as vaias nem falou com os jornalistas.