Manifestantes usam tomates em protesto contra Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes em SP
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes foi alvo de protestos em um seminário do qual participa neste sábado (28) em São Paulo.
Desde as 8h, manifestantes contrários ao ministro estiveram na frente do prédio do IDP (Instituto de Direito Público) paulista, onde acontece um evento sobre o papel do Judiciário na reforma política. Gilmar esteve acompanhado de seu colega de Supremo, o ministro Alexandre de Moraes.
Veja também:
- Vamos nos ocupar de temas mais produtivos, diz Gilmar após discussão com Barroso
- Gilmar Mendes e Barroso batem boca e trocam acusações no plenário do STF
Com um megafone, um manifestante usou mensagens gravadas para chamar Gilmar de "vagabundo". Outros manifestantes levaram tomates para atirar no ministro, mas ele chegou sem ser notado por eles.
Os tomates acabaram lançados em um outro carro que os manifestantes acreditavam ser onde estava Moraes. O ministro, porém, chegou apenas pouco tempo depois ao episódio.
“Isso faz parte do jogo democrático”, disse Gilmar ao chegar ao auditório do IDP ao comentar os protestos. Ele não comentou a discussão que teve, na quinta-feira (26), com o ministro Luís Roberto Barroso durante sessão no STF.
Também houve confusão no auditório onde foi realizado o evento antes do início do seminário. Ainda sem os ministros na sala, a segurança havia pedido para uma espectadora, que portava três sacolas grandes, guardar seus pertences em uma sala. Ela se recusou e, após cerca de trinta minutos de discussão com os seguranças, foi retirada por agentes da PM (Polícia Militar).
Segundo a segurança, ela é uma manifestante que queria atrapalhar o evento. A mulher nega.
Após o evento, que começou com uma hora de atraso, Gilmar não quis comentar a polêmica com o ministro Luis Roberto Barroso. "Vamos nos ocupar de temas mais produtivos", disse.
Na última quinta-feira (26), Gilmar protagonizou um debate acalorado com Barroso em sessão do STF. Durante a análise de uma ação sobre a extinção dos Tribunais de Contas municipais do Ceará, os dois começaram a discutir quando Gilmar citou o Rio de Janeiro durante a argumentação de seu voto, o que não agradou Barroso.
Nas trocas de acusações, Barroso afirmou que Mendes tem "parceria com a leniência" diante dos crimes de colarinho branco e "não trabalha com a verdade", este, por sua vez, disse não ser "advogado de bandidos internacionais".
Segundo protesto em menos de um mês
No último dia 9 de outubro, manifestantes também protestaram jogando tomates no mesmo local, em frente ao prédio do IDP.
A entidade, que realizava um evento para lançar um curso de pós-graduação em Direito Eleitoral, tem o ministro e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como um de seus sócios. O ministro, vários políticos e especialistas ministraram palestras sobre a reforma política naquele dia na faculdade.
Os manifestantes jogaram tomates sobre a calçada, a pista e contra carros de participantes que chegaram ao evento.
Essa ação foi organizada pelo grupo "Tomataço", que diz atuar em defesa da operação Lava Jato, das Forças Armadas e pela "renúncia de todos os políticos do país".
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